"Como fruta dentro da casca" : Dom Casmurro em Memórias póstumas de Brás Cubas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lima, Christini Roman de
Orientador(a): Zilberman, Regina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/56039
Resumo: A obra de Machado de Assis é alvo de interesse de muitos pesquisadores ao longo dos anos e, por isso, torna-se muito difícil encontrar um prisma que ainda não tenha sido investigado exaustivamente – e isso pode ser constatado por meio do levantamento da fortuna crítica, anexado ao final da dissertação. No entanto, novos olhares podem surgir de aspectos já examinados, contribuindo para a leitura do complexo machadiano – como o tema do adultério. Este tema é abordado explicitamente em Memórias póstumas de Brás Cubas, ensaiado em Quincas Borba e suposto em Dom Casmurro. Dentro deste contexto, procura-se analisar a questão sobre as punições sofridas pelas personagens femininas nos dois textos narrados em primeira pessoa, Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. Contudo, a pesquisa não se restringe às violações das normas do casamento; abrange, da mesma maneira, as frustrações geradas nos narradores, por estas personagens, no contexto dos relacionamentos amorosos, que independem da instituição do matrimônio. O exame de Virgília, Marcela, Eugênia, Eulália (Nhá-loló) e Capitu tem o intuito de responder a questão: por que Virgília não é punida por suas transgressões, diferentemente de Capitu e das demais figuras do trapézio amoroso do defunto autor? O problema pauta-se também na hipótese de que Memórias póstumas de Brás Cubas antecipa Dom Casmurro em alguns aspectos. Como resultado, constatou-se que tais mulheres apenas não são punidas quando se encontram em posições sociais privilegiadas e tomam decisões no sentido de não evidenciar a transgressão, como faz Virgília.