Aquecimento e suplementação energética em leitões neonatos e impactos no desempenho e sobrevivência durante a fase lactacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Kömel, Victória Márcia Gomes
Orientador(a): Bortolozzo, Fernando Pandolfo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/243271
Resumo: A mortalidade neonatal é um dos maiores desafios da suinocultura atual, cujas principais causas são hipotermia, inanição e esmagamento. O objetivo desse estudo foi determinar se o uso de uma fonte de aquecimento e um suplemento energético via oral fornecidos ao leitão logo após o nascimento é capaz de aumentar o consumo de colostro, diminuir a mortalidade pré-desmame e melhorar o desempenho de ganho de peso durante a lactação. Foram utilizadas 243 fêmeas/leitegadas aleatorizadas pela ordem de parto (2-8) e pelo menos 14 tetos viáveis (P > 0,05). No início do parto, fêmeas/leitegadas foram distribuídas e alocadas entre quatro tratamentos: Controle (n = 61), sem intervenções; Coco (n = 61): fornecimento de 3 mL de óleo de coco via oral para os leitões após o nascimento; Box (n = 59): os leitões foram colocados em uma caixa de aquecimento por 30 minutos após o nascimento; e Cocobox (n = 62): leitões receberam o óleo de coco e permaneceram na caixa de aquecimento por 30 minutos. Todos os leitões foram pesados ao nascimento, 24 h, 10 e 20 dias de vida, e a mortalidade registrada diariamente. Em um subgrupo (n = 80), a temperatura dos leitões foi aferida ao nascimento, aos 30 min, 1 h e 24 h. A vitalidade foi avaliada ao nascimento, aos 30 min e 24 h. Sangue dos leitões foi coletado nas 24 h para realização do imunócrito. Não houve efeito dos tratamentos no consumo médio de colostro, taxa de imunócrito, peso e sobrevivência nas 24 h (P > 0,05). Quando avaliados por classe de peso, houve uma interação entre peso ao nascimento e tratamento Coco, onde os leitões pesados apresentaram redução no consumo de colostro, sendo que 15% ingeriram menos de 200 g (P = 0,04). Os leitões dos grupos Box e Cocobox apresentaram maior temperatura aos 30 e 60 min quando comparados aos leitões do grupo Coco e Controle (P < 0,01), mas sem diferenças nas 24 h (P > 0,05). Os leitões dos grupos Coco e Cocobox apresentaram menor peso e GPD que os leitões dos grupos Controle e Box aos 10 dias e essa diferença permaneceu aos 20 dias em relação ao grupo Box, mas não em relação ao grupo CONTROLE. A mortalidade não foi influenciada pelos tratamentos (P = 0,36), mas sim pela classe de peso, sendo maior nos leitões nascidos com peso igual ou inferior a 1025g (P < 0,01). Assim, ambas estratégias de assistência aos leitões neonatos não influenciaram o consumo de colostro, a mortalidade e o desempenho durante a lactação.