Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Reichert, Luísa |
Orientador(a): |
Vaz, Marco Aurelio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/272035
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Resumo: |
Introdução: A Síndrome do Impacto Femoroacetabular (SIFA) é uma causa comum de dor no quadril em adultos jovens. A SIFA representa o contato prematuro e sintomático entre o fêmur proximal e o acetábulo, causado por morfologias ósseas anormais. A artroscopia de quadril é um procedimento cirúrgico frequentemente proposto para tratamento da SIFA, seguida por um tratamento fisioterapêutico. Medidas de desfechos relatadas pelo paciente (PROM) são largamente utilizadas para avaliar a eficácia do tratamento. Nesses questionários, o valor do estado sintomático aceitável pelo paciente (PASS) é utilizado para melhor entender se os pacientes estão satisfeitos com seu estado físico. Considerando que programas de reabilitação que visam abordar déficits de força muscular e amplitude de movimento (ADM) de quadril são eficazes no tratamento da SIFA, é plausível supor que o aumento da mobilidade e força muscular do quadril podem desempenhar um papel prognóstico nessa população. Objetivo: Avaliar a capacidade preditiva da variação da força muscular e da ADM após quatro meses da artroscopia de quadril em relação à qualidade de vida de paciente com SIFA. Métodos: O presente estudo caracteriza-se como coorte retrospectivo. As informações dos pacientes com SIFA foram obtidas de um banco de dados de uma clínica privada de Fisioterapia, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. O banco de dados continha prontuários de 99 pacientes com diagnóstico de SIFA, que realizaram avaliação e reavaliação entre os anos de 2013 e 2020. Equações de estimativas generalizadas foram conduzidas visando comparar a ADM de quadril, força muscular isométrica e qualidade de vida no período pré-operatório e após pelo menos três meses de pós- operatório. Regressões lineares múltiplas foram conduzidas visando verificar se a mudança nas variáveis de ADM e força muscular isométrica de quadril constituem preditores da mudança da qualidade de vida após artroscopia. Regressões logísticas binárias foram conduzidas visando verificar se a mudança nas variáveis de ADM e força muscular isométrica de quadril constituem preditores do PASS após artroscopia. Resultados: Um total de 69 indivíduos foi incluído no presente estudo. Após a artroscopia, os valores de ADM (rotação externa ativa: 5%, rotação externa passiva: 4% e rotação interna ativa: 30%) e força muscular isométrica de quadril (rotação externa: 17%, rotação interna: 19%, abdução: 6%, adução: 20%, extensão: 12%) foram maiores comparados aos valores pré-cirúrgicos com exceção da ADM de flexão de quadril e força muscular isométrica de flexores de quadril. Após artroscopia, a qualidade de vida autorrelatada foi maior (47%) comparada aos valores pré-cirúrgicos. As alterações nas variáveis de ADM de quadril e força muscular isométrica não foram preditoras da mudança na qualidade de vida e nem do PASS. Conclusão: Após a artroscopia, foram observados aumentos na ADM e força muscular isométrica de quadril e qualidade de vida. Os ganhos de ADM e força muscular isométrica de quadril não explicam a melhora na qualidade de vida autorrelatada e não são preditores do PASS. |