Espaços, trânsitos e sociabilidades em performance na "Música do Beiradão”: uma etnografia entre músicos amazonenses

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Norberto, Rafael Branquinho Abdala
Orientador(a): Lucas, Maria Elizabeth da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/134934
Resumo: Este é um estudo etnomusicológico etnográfico entre músicos amazonenses envolvidos com o universo musical/sociocultural reconhecido no Estado do Amazonas, principalmente na capital Manaus, por “música do Beiradão”. No contexto musical regional há vários entendimentos acerca da categoria nativa “beiradão”. Um deles, o mais predominante, é compreender os “beiradões” como quaisquer localidades rurais situadas nas beiras de rios e paranás no interior amazonense, e “música do Beiradão”, o repertório musical tocado para animar os festejos de santo e torneios de futebol nessas localidades e/ou as composições gravadas por esses músicos em LPs ao longo da década de 1980 e 90. No decorrer da etnografia, transito pelos referenciais da etnografia da música ou da performance musical, antropologia musical, antropologia do som, etnografia urbana, etnografia da duração, entre outros paradigmas teórico-metodológicos que me auxiliaram na compreensão das ideias, construções e memórias dos músicos dos “beiradões” e dos músicos envolvidos com a “música do Beiradão” em Manaus. Além disso, pude trabalhar as potencialidades desta categoria, “Beiradão”, refletindo o quanto esta pode ser explorada pela visão e pela audição reflexiva através dos diálogos teóricos em junção às epistemologias nativas de modo a elevar a mesma ao status de conceito complexo e heterogêneo, em que cada geração de músicos e públicos, região e localidade específica pode incidir e compreender este conceito a partir do ser e estar no mundo musical dos “beiradões”. Em suma, a partir dos trabalhos de campo etnográficos e das experiências intersubjetivas vivenciadas nos mesmos, pude refletir acerca das realidades socioculturais heterogêneas e das desigualdades sociais circunscritas neste universo musical.