Perspectivas do folheto de cordel na sua transposição dos sertões para os centros urbanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Raymundo José da
Orientador(a): Korfmann, Michael
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/114422
Resumo: O objetivo deste trabalho é verificar como está sendo feita a transição dos folhetos do antigo meio social sertanejo para a vida urbanizada e as possibilidades de sua permanência e continuidade como produto da Literatura de Cordel, ante a forte concorrência das diversas formas de comunicação e expressão cultural. Para essa finalidade, analisamos um corpus com 18 (dezoito) folhetos divididos em duas partes, com 09 (nove) folhetos cada uma. A primeira, de poetas sertanejos mais antigos, compõe-se de textos escritos entre 1900 a 1980, que exploram temas, como o cangaço, o coronelismo e o misticismo. A segunda, formada de folhetos atuais (de 1990 até o presente), refere-se a fatos e aspectos da vida moderna e urbana. Com fundamentação nos ensinamentos de autores, como Hall (2003, 2004), Burke (2010) e Cancline (2013), foram observados os conceitos de identidade, tradição e cultura popular. Viu-se, também, que ainda estão presentes, como temas, alguns fenômenos sociais que contribuíram para a consolidação do cordel no Nordeste do Brasil. Por fim, feita a análise dos dois grupos de folhetos, os antigos e os atuais, já se podem constatar diferenças e indícios de (tans)formações ou evolução do cordel, tanto em relação aos temas e à linguagem, quanto ao descentramento das identidades de personagens e poetas migrantes.