Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Pires, Elisa Nicoloso Simões |
Orientador(a): |
Salbego, Christianne Gazzana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/194469
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Resumo: |
Dentre as doenças cerebrovasculares, a isquemia cerebral (IC) é uma das principais causas de mortalidade em países industrializados. Dados do Ministério da Saúde (2008) apontam que aproximadamente 10% da mortalidade no Brasil foram devido a essas doenças. Como ainda não há um tratamento efetivo para a recuperação tecidual e/ou funcional do cérebro após a IC, isto leva à procura de novas terapias que consigam interromper a cascada bioquímica que leva à morte celular. A berberina é um alcalóide isolado de plantas medicinais de origem asiáticas. Esta droga vem sendo amplamente utilizada pela medicina popular chinesa e indiana. Devido a sua grande facilidade em atravessar a barreira hemtaoencefálica, ela se tornou uma alternativa para estudos em doenças neurodegenerativas e neuropsiquiátricas. Alguns relatos na literatura vêm demonstrando o potencial neuroprotetor da berberina em modelos in vivo e in vitro de isquemia cerebral global e/ou focal. No entanto, as bases moleculares para esta proteção não estão bem esclarecidas. Neste trabalho, avaliamos alguns mecanismos que são modulados pela berberina em um modelo in vitro de isquemia cerebral global com utilização de cultura organotípica de hipocampo de ratos. Nossos resultados demonstraram uma menor morte celular na região do Corno de Ammon (CA) das fatias submetidas à privação de oxigênio e glicose (POG) e tratadas com berberina durante 1 h. A análise das possíveis vias de sinalização envolvidas nas neuroproteção mostrou que o efeito da berberina está associado à modulação da via de sobrevivência PI3K/Akt e um de seus substratos a GSK-3β. Além desses, também foi visto que a ação da berberina diminuiu a fosforilação da proteína de sinalização Jun cinase (JNK) e a atividade da enzima caspase-3, indutora de apoptose. Tendo em vista que a berberina agiu sobre a ativação da JNK, investigamos o efeito desta droga em outros marcadores de inflamação. Foi observada diminuição de astrócitos e microglia ativados assim como a secreção de citocinas TNFα e IL-1β nos meios de cultivo das fatias submetidas à POG e tratadas com berberina. Em paralelo, a berberina reduziu a geração de espécies reativas do oxigênio (EROS), as quais são aumentadas rapidamente após um insulto isquêmico. Em conjunto, nossos resultados abrem uma perspectiva para a caracterização de uma nova droga neuroprotetora visando sua utilização como uma alternativa terapêutica contra os danos causados pela isquemia cerebral global. |