Isolamento e atividade antiquimiotáxica in vitro de diterpenos de espécies de Salvia provenientes do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cezarotto, Caroll Schneider
Orientador(a): Von Poser, Gilsane Lino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188739
Resumo: O gênero Salvia, pertencente à família Lamiaceae, apresenta mais de 1000 espécies, sendo que muitas dessas são utilizadas como plantas medicinais em todo o mundo. Diversas atividades biológicas já foram comprovadas para compostos isolados de espécies de Salvia, tais como, atividades antituberculose, antifúngica, antibacteriana, antiviral, efeitos cardioativos, antitumoral, antiespasmódica, carminativa, diurética, hipoglicemiante, anti-inflamatória, dentre outras. Diterpenos são os compostos encontrados com maior frequência nestas espécies e são responsáveis pela maioria destas atividades. Estes compostos apresentam esqueleto de vinte átomos de carbono, sendo que em espécies de Salvia os do tipo abietano, clerodano e icetexano são os mais frequentemente encontrados, apresentando-se como cristais de cor amarela ao vermelho. O objetivo deste trabalho foi isolar diterpenos de espécies de Salvia provenientes do sul do Brasil e avaliar a atividade anti-inflamatória, pelo método de antiquimiotaxia. Das partes aéreas de Salvia procurrens Benth. foram isolados dois diterpenos, os quais já são conhecidos como fruticulina A e icetexona. Da espécie Salvia uliginosa Benth., também foram isolados dois diterpenos, sendo 7-acetoxi-6,7-diidroicetexona um produto natural conhecido e o composto isoicetexona trata-se de uma molécula inédita a qual foi identificada por detalhado estudo dos dados espectroscópicos. Todos os isolados foram identificados por métodos espectroscópicos, como RMN (400 MHz), e por comparação com dados da literatura. Com base nos resultados da atividade antiquimiotáxica, todas as amostras testadas mostraram uma inibição significativa da migração de leucócitos em comparação com o controle negativo (LPS) (p <0,001). As amostras de exsudato apresentaram atividades que variaram de 33,4 a 54,6% de inibição da migração e dos compostos isolados, a isoicetexona apresentou 100% de inibição da migração nas concentrações de 0,1 e 5 μg/mL e a icetexona nas concentrações de 1 e 5 μg/mL demonstrando para estes compostos um possível efeito anti-inflamatório importante por este mecanismo.