O bom professor deve... : os discursos dos concursos públicos para professores e professoras da educação básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Carossi, Michele
Orientador(a): Silveira, Rosa Maria Hessel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/21383
Resumo: A Dissertação de Mestrado utiliza tanto as teorizações vinculadas aos Estudos Culturais quanto os estudos desenvolvidos a partir da ótica foucaultiana, com o objetivo de investigar como a docência é representada nos discursos circulantes em questões dos concursos públicos para o magistério brasileiro. Pretende, também, analisar como devem ser o professor e a professora – características, atitudes e ações – conforme os regimes de verdade embutidos nesses concursos. Para tanto, foram analisadas 226 questões de concursos para o magistério da Educação Básica, perfazendo o total de 106 diferentes concursos, nos âmbitos federal (3), estadual (21) e municipal (82) de todo o Brasil, no período de 2004 a 2008. As análises voltadas para a articulação entre os discursos impressos nas questões e os objetivos propostos pela Dissertação evidenciaram: 1) a presença de determinado conjunto de expressões e verbos que designam ações que devem ou não devem fazer parte da prática docente, regrando a conduta de professores e professoras; 2) a recorrência dos discursos pedagógicos produzidos pelo Construtivismo, pela Teoria Crítica e pela noção de Competências, constituindo saberes necessários ao trabalho docente e ao regularem o comportamento de educadores e educadoras; 3) a frequente utilização de alguns autores brasileiros e estrangeiros na composição das questões, como Jean Piaget, Lev Semionovitch Vygotsky, Paulo Freire e Philippe Perrenoud, articulados aos discursos pedagógicos dominantes, ao lado de uma grande dispersão de alusão a outros autores; 4) a predominância do uso do masculino gramatical genérico em relação ao gênero feminino na formulação das questões dos concursos.