Proposta de um novo sistema de concepção do trabalho no setor calçadista sob a ótica do sistema sócio técnico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Renner, Jacinta Sidegum
Orientador(a): Guimaraes, Lia Buarque de Macedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10332
Resumo: A pesquisa se caracteriza como pesquisa-ação. A análise e discussão de dados ocorre em três fases: fase exploratória, principal e avaliação/validação. O campo do estudo é uma indústria do setor calçadista do Rio Grande do Sul. Partindo do pressuposto que as indústrias calçadistas brasileiras, ao longo da sua história, têm adotado o sistema taylorista como principal modo de produção e, identificando que há necessidade de transformações do projeto de trabalho, considerando os altos índices de absenteísmo, custos humanos e de processo, pretende-se quebrar paradigmas ao introduzir, no setor, características mais flexíveis no projeto de trabalho. A partir da análise do sistema de produção vigente no cluster calçadista do Rio Grande do Sul, esta pesquisa tem o objetivo centrado em propor melhorias no sistema de trabalho que contemplem as questões sociotécnicas, considerando os quatro subsistemas do sistema sociotécnico: subsistema pessoal, subsistema tecnológico, o projeto do sistema de trabalho e o ambiente externo. Os resultados da fase exploratória indicaram necessidade de intervenção em duas questões: a implantação da multifuncionalidade como meio de flexibilização do processo produtivo e mudanças na jornada de trabalho que iniciava ainda de madrugada. Os resultados da implantação da nova jornada e da multifuncionalidade associada à alternância postural estão indicando diminuição dos custos humanos (acidentes de trabalho, distúrbios ocupacionais e absenteísmo), maior grau de autonomia dos trabalhadores e, maior flexibilização do processo produtivo para atender as demandas de mercado. Ocorreu incremento na satisfação das pessoas em relação ao trabalho, maior comprometimento com os resultados e rumos da empresa e, conseqüente satisfação com o trabalho e melhorias na saúde e qualidade de vida. Em termos de dificuldades, encontrou-se a resistência dos trabalhadores do segundo escalão (coordenadores de setor e gerências) em quebrar paradigmas ao adotar um novo sistema de gestão, dificultando os resultados em termos de indicadores de produção.