Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Duarte Junior, Sérgio |
Orientador(a): |
Siqueira, Maity Simone Guerreiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/248505
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Resumo: |
A ironia verbal é um fenômeno multidimensional e requer um conjunto de diferentes concepções teóricas para explicitar o processo que leva a sua compreensão. Diante da escassez de instrumentos psicométricos que mensuram a compreensão da ironia no contexto brasileiro, este trabalho tem como objetivo sugerir evidências de validade baseadas na análise de conteúdo a partir do desenvolvimento de uma tarefa de compreensão de ironia verbal. A Tarefa de Compreensão de Ironia Verbal (TCIV) foi desenvolvida no contexto de validação de um instrumento mais abrangente, o Teste de Compreensão de Linguagem Figurada, COMFIGURA. O processo de elaboração da tarefa, descrito neste trabalho, foi conduzido através de três estudos-piloto. O primeiro estudo piloto foi composto por um grupo de 40 crianças com idades entre os seis e 11 anos (M=8,2; DP=1,44) e um grupo de 52 adultos, com idades entre 18 e 49 anos (M=23,9; DP=6,73). Foram desenvolvidos 15 itens de estímulo para a tarefa, um de exemplo e 14 de teste, com diferentes tipos de ironia (afirmação contrafactual, afirmação verdadeira, pergunta, oferta e solicitação exageradamente polida), e um questionário com duas perguntas para cada item. A tarefa foi composta a partir do referencial teórico encontrado em: Modelo Pragmático de Grice, Teoria dos Atos de Fala, Menção ecoica, Recordação ecoica, Teoria Pretensa e a Teoria da Pretensa Alusão do Discurso Irônico (TPA). O segundo estudo piloto foi composto por um grupo de seis crianças com idades variando entre os seis e sete anos (M=6,28; DP=0,45). A tarefa foi composta por nove itens, de natureza contrafactual, ajustados a partir do estudo piloto anterior. Nesta segunda versão o referencial teórico restringiu-se apenas à TPA e uma das duas perguntas do questionário foi reformulada. O terceiro estudo piloto, de maior expressividade para esta dissertação, foi composto por um grupo de 26 adultos com idades entre 18 e 42 anos (M=23,2; DP=5,42). O referencial teórico e a lista de itens de estímulos mantiveram a configuração da versão do estudo piloto anterior. O questionário foi ampliado para sete perguntas a partir das dimensões de alusão à violação de uma expectativa e da insinceridade pragmática oriundas da TPA e da habilidade de teoria da mente (ToM). Os indicadores de análise semântica dos itens foram investigados através do procedimento de análise de juízes e a análise empírica foi realizada através da sistematização das respostas dos participantes. Os resultados deste terceiro estudo piloto sugerem que a TCIV possui evidências de validade de conteúdo adequadas para aferir a compreensão de ironia verbal e que uma dimensão adicional, a ToM, não prevista pela TPA, intervém no processamento da ironia verbal. É necessário dar continuidade ao processo de validação do instrumento através do aprimoramento do sistema de pontuação das respostas e da exploração de outros indicadores de validade e de fidedignidade da tarefa. |