Correlação da arquitetura muscular com a fadiga e o desempenho de sprints em futebolistas

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Pechina, Maurício Diniz Rocha
• Orientador(a): Cunha, Giovani dos Santos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Futebol; Treinamento; Avaliação física
• Palavras-chave em Inglês: Sports performance; Sports; Training; Physical evaluation
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/242228

Esportes coletivos como o futebol e suas variações requerem ações rápidas como dribles, desarmes e sprints, as quais estão diretamente associadas ao desempenho da modalidade. Nesse sentido, parâmetros de sprints são fatores determinantes em ações técnico-táticas dentro do contexto do jogo e compõem parte significativa de suas demandas físicas. Contudo, existe uma limitação de estudos que verificaram a associação da velocidade de sprints e a habilidade de repetir sprints (RSA) com os parâmetros morfológicos e de arquitetura muscular. Objetivo: Investigar a correlação entre parâmetros morfológicos e de arquitetura muscular como massa muscular (MM), espessura muscular (EM), comprimento de fascículo (CF) e ângulo de penação (AP) dos músculos reto femoral (RF), vasto lateral (VL), bíceps femoral cabeça longa (BF), gastrocnêmio medial (GM) e gastrocnêmio lateral (GL) com o desempenho em sprints (10 e 30m) e RSA. Métodos: A amostra foi composta por 24 atletas de futebol do sexo masculino (23,6 ± 4,7 anos; 1,78 ± 0,07 m; 76,4 ± 8,5 kg). O protocolo de sprints repetidos consistiu em 6x30m com 30 segundos de intervalo entre repetições. Adicionalmente, foi calculado o decremento de desempenho em sprints (Sdec) para avaliar o desempenho na RSA. As variáveis de arquitetura muscular foram obtidas através da captura de imagens por ultrassonografia. Variáveis de composição corporal como massa muscular (MM) e percentual de gordura (%G) foram obtidas através de densitometria de dupla absorbância (DXA). Os dados do presente estudo são apresentados em média ± desvio padrão. Foram utilizados o testes de correlação de Pearson e Spearman (r), com nível de significância adotado de α ≤ 0,05. Resultados: As variáveis apresentaram correlações moderadas-forte com o desempenho em sprints (0,3 < r < 0,5; p<0,05), MM (sprint 10m: r = 0,429; sprint 30m: r = 0,454; sprint total: r = 0,438), EM [BF: (Sdec: r = 0,418); VL: (sprint 30m: r = 0,547; sprint total: r = 0,488)], CF (VL: r = 0,449) e AP (Sdec: r = 0,617). Conclusão: Parâmetros morfológicos e de arquitetura muscular apresentaram correlações positivas com o tempo de sprints e RSA. De acordo com os resultados, maiores valores de MM, EM, CF e AP dos músculos investigados (BF, VL, GL e GM) parecem prejudicar o desempenho no tempo de sprints em atletas de futebol.