Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Agliardi, Lilian Barcella |
Orientador(a): |
Goulart, Ligia Beatriz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197458
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Resumo: |
O ensino da Geografia no Ciclo de Alfabetização é um nó a ser desatado pelos pesquisadores da Geografia, pois, nessa etapa, é marcante a preocupação com a alfabetização dos alunos, expressas nas práticas pedagógicas que enfatizam a sistematização da leitura e escrita, deixando a Geografia, frequentemente, invisibilizada no currículo dos Anos Iniciais. O estranhamento produzido pela ausência do ensino de Geografia no Ciclo de Alfabetização promoveu esse estudo que considera a necessidade de construir estratégias didático-pedagógicas a partir da educação menor, já que as práticas escolares cotidianas das professoras alfabetizadoras são direcionadas por uma educação maior, o Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC. Essa dissertação tem como objetivo principal experimentar e analisar a potencialidade da Pedagogia de Projetos e o Pesquisar com na produção de geografias menores. O estudo escapa dos currículos prescritivos e coloca em prática uma proposta para ensinar e aprender Geografia a partir das possibilidades que se apresentam no contexto das aulas. Essa ação agrega as professoras do Ciclo de Alfabetização, com o intuito de construir caminhos alternativos de forma compartilhada e reflexiva. Nessa pesquisa, todos seguem juntos: pesquisadora, alfabetizadoras e alunos a experimentar uma pedagogia que tem movimento, que desloca, que mobiliza, que traz inquietações e que permite ir e vir livremente traçando um novo e diferente currículo. Esse experimentar, tem a ver com a bricolagem enquanto metodologia de pesquisa utilizada, tanto por causa da flexibilidade bem como por ser uma estratégia metodológica aberta. Foi possível articular por meio da bricolagem diferentes procedimentos no decorrer da investigação, como: analisar gráficos relacionados aos planejamentos das professoras; realizar uma pesquisa documental sobre o ensino da Geografia nos cadernos de formação docente do PNAIC; formar um grupo de Pesquisa com; refletir sobre as vivências com o grupo docente nos encontros de formação e analisar os registros nos portfólios produzidos pelas professoras alfabetizadoras; realizar a narrativa de alguns fatos; assumir um uma perspectiva política, diante da luta para dar visibilidade ao ensino de Geografia no Ciclo de Alfabetização. Por meio da pesquisa foi possível criar estratégias de formação por meio dos encontros-ensaios, com vista ao planejamento docente coletivo, considerando que ao mesmo tempo que ensina, o grupo docente faz as suas próprias descobertas geográficas, e dos encontros-desejos focados na necessidade de mobilizar e envolver os alunos a tal ponto que os encontros/aulas fossem desejados. É no espaço-tempo das aulas que se observa, todos os acontecimentos, os movimentos e as possibilidades para produzir geografias menores por meio das múltiplas leituras do cotidiano. Nesse sentido, a pesquisa está voltada para a construção de encontros que buscam atravessar as fronteiras do “espaço da imagem do pensamento” para o “espaço do pensamento sem imagem”, em outras palavras, para o espaço da diferença. O grupo de professoras, ao pensar as aulas, consideram o espaço em construção, como um espaço de acontecimentos e de movimentos. Nessa proposta, destaca-se o movimento do aprender com nos processos de interação em que todos aprendem com todos: professoras com professoras, professoras com alunos, alunos com professoras, alunos com alunos, alunos e professoras com as coisas do mundo. Da pesquisa, emergem sujeitos Geodocentes e Geoaprendizes, sujeitos para o mundo contemporâneo. |