Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Conte, Franciéli Aline |
Orientador(a): |
Doll, Johannes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/255247
|
Resumo: |
Introdução: Mudanças no modelo de alimentação global têm sido responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis que cursam com a acentuação do envelhecimento. As populações mais afetadas são as de baixa classe social e de baixo grau educacional. A educação alimentar e nutricional (EAN), nesse sentido, visa promover mudanças de comportamentos alimentares e melhora das condições de saúde. Todavia, a maioria das ações de EAN têm sido realizadas no formato tradicional, necessitando de mudanças metodológicas. Objetivo: Observar as implicações de um processo educativo crítico em educação alimentar e nutricional, em ambiente virtual, na saúde de mulheres adultas maduras e idosas de distintas classes sociais, vinculadas ao Sistema Único de Saúde. Metodologia: Pesquisa de intervenção em Educação Alimentar e Nutricional, com múltiplos casos, em ambiente virtual (Google Meet ou WhatsApp), com mulheres acima de 50 anos, usuárias do Sistema Único de Saúde, de uma cidade da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. O trabalho educativo foi realizado individualmente, com periodicidade mensal e utilizou conhecimentos básicos da ciência da nutrição, como aconselhamento nutricional e ferramentas pedagógicas da pedagogia crítica, em especial a problematização, busca pela reflexão e autonomia. Resultados: Fizeram parte do estudo três mulheres de baixa renda e baixa escolaridade, uma mulher com renda e escolaridade intermediária e outras três mulheres com renda e escolaridade elevada. As doenças ou alterações clínicas mais prevalentes foram hipertensão, hipercolesterolemia, excesso de peso, hipotireoidismo, pré-diabetes, problemas de intestino e ferritina elevada. Mulheres de baixa renda apresentaram menor diversidade alimentar quando comparadas a mulheres de mais elevada renda. Tanto mulheres de baixa, quanto de elevada renda referiram que se privavam de comprar alguns alimentos, entretanto, as privações ocorrem em distintos grupos alimentares. Após a EAN crítica, as participantes se tornaram capazes de elaborar conceitos mais complexos a respeito dos temas questionados. O programa educativo contribui em mudanças de comportamento alimentar e estilo de vida que resultaram em perda de peso discreto (4 kg) e também significativo (perda de 22 Kg), melhora da qualidade do sono, redução dos sintomas da menopausa, melhora de parâmetros bioquímicos (após a repetição dos exames), melhora do funcionamento intestinal, maior capacidade de julgar e avaliar os alimentos industrializados e prontos para o consumo e maior poder de reflexão e decisão sobre as escolhas alimentares. Conclusão: Este projeto foi uma forma viável e seguro de assistência nutricional em um período de distanciamento social, com diferenciações metodológicas, especialmente por meio da problematização e da busca pela reflexão e autonomia. A EAN crítica possibilitou a construção de novos saberes, maior autonomia e capacidade de avaliação dos alimentos, mudança de comportamentos alimentares, redução de peso e melhoras na saúde. A metodologia pode servir como inspiração para a atuação profissional, formação de professores e futuros nutricionistas. |