Sobreviver é resistir : vida e movimento na formação dos/as professores/as de história da rede municipal de ensino de Porto Alegre/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Rodrigo Souza dos
Orientador(a): Pacievitch, Caroline
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212272
Resumo: O tema desta dissertação diz respeito à formação de professores/as de História e à liberdade de ensinar. Tem como problemática analisar o significado de ser professor/a de História na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre/RS (RME/POA) hoje perante a ameaça ao seu lugar social e a sua autoridade e verificar quais os movimentos de resistência criados pelos/as docentes da referida rede de ensino. Por meio de uma pesquisa qualitativa, descritiva e narrativa, pretende-se: a) caracterizar teórica e metodologicamente as concepções de educação presentes nos cadernos pedagógicos do projeto Escola Cidadã da RME/POA; b) estabelecer relações entre os movimentos neoconservadores e neoliberais e a vida profissional desses/as docentes; c) analisar as concepções, práticas enunciadas, censuras/ameaças enfrentadas e formas de resistência apresentadas pelos/as mesmos/as; d) refletir sobre e, se possível, indicar outras formas de resistência derivadas do diálogo crítico com os professores/as de História. O conceito de resistência tornou-se fundamental nas análises desta dissertação. Além das fontes bibliográficas e dos cadernos pedagógicos, a pesquisa foi marcada pela aplicação de um questionário com esses/as professores/as de História e pelos encontros do grupo de discussões com os/as docentes dessa disciplina. Em termos de conclusão, verificou-se que emergiu uma formação construída pelos/as próprios/as professores/as de História da rede, marcada pela reflexão e pela luta por liberdade de ensinar. Restou demonstrado que, para tanto, os/as docentes de História da RME/POA têm utilizado, como modo de resistência, o elo entre a pedagogia crítica e o pensamento decolonial contra os avanços neoliberais e neoconservadores sobre a educação pública. Isso ficou explícito na medida em que esses/as professores/as foram mostrando as suas formas de resistência por meio das sobrevivências relatadas sempre com vida e movimento, potencializando-lhes atingir a condição de professores/as como intelectuais transformadores/as de realidades.