As políticas de juventude e as relações público – privado no âmbito do projovem urbano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Almeida, Adriano Pires de
Orientador(a): Peroni, Vera Maria Vidal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/194573
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo analisar os principais sujeitos públicos e privados através do conteúdo das suas propostas apresentadas no processo de elaboração do ProJovem Urbano, entre 2008 e 2014, no âmbito das políticas de juventude no Brasil. A abordagem adotada na pesquisa foi realizada através de análise documental e em fontes primárias e secundárias. Para percorrer este caminho, as escolhas metodológicas foram definidas a partir do método materialista histórico dialético a fim de compreender as redefinições do papel do Estado, provocada pela crise estrutural do capitalismo. Ao pesquisar as políticas de juventude, o pressuposto é a compreensão da democracia como materialização de direitos e de igualdade social, perpassados por projetos societários em disputa. Diante de governos petistas, com a estratégia do novo-desenvolvimentismo, de conciliar os interesses das classes sociais nas formulações das políticas de juventude, identificamos setores privados como a Confederação Nacional de Jovens Empresariais (CONAJE) e o Grupo de Instituições, Fundações e Empresas (GIFE) com suas pautas de preparação do jovem ao mercado de trabalho, os organismos internacionais com suas recomendações para reduzir a pobreza e conter a adesão da juventude à criminalidade e à violência, bem como, movimentos e organizações com atuação junto ao segmento juvenil através das suas propostas de defesa das políticas públicas em promoção aos direitos da juventude. Ao analisar as parcerias com os organismos internacionais para o monitoramento do ProJovem identificamos as suas modificações através da parceria entre o Programa das Nações Unidas (PNUD) e a Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República (SNJ), desde a criação em 2005 até 2007, depois, entre 2008 e 2011, com a criação do ProJovem Urbano, posteriormente, através da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o Ministério da Educação (MEC), entre 2012 e 2015. Através destas consultorias, as agências internacionais acompanharam a formulação e o arranjo institucional do ProJovem Urbano. Mesmo com a inclusão social, distribuição de renda e redução das desigualdades sociais, o Programa foi uma política fragmentada e focalizada que não conseguiu aumentar significativamente a escala de atendimento frente à magnitude dos problemas e diversidade de situações enfrentadas pela juventude brasileira.