Intensidade de emissão de gases de efeito estufa e potencial de aquecimento global em um sistema integrado de produção agropecuária no subtrópico brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza Filho, William de
Orientador(a): Carvalho, Paulo Cesar de Faccio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/164649
Resumo: Os desafios da agricultura e da pecuária mundial no início do século XXI são complexos: garantir a produção de alimentos suficiente para alimentar uma população mundial crescente e, ao mesmo tempo, reduzir a pressão sobre o ecossistema diminuindo a degradação do solo, a perda de biodiversidade, e as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. No Brasil, observa-se um forte crescimento na adoção dos sistemas integrados de produção agropecuária (SIPA) com enfoques distintos e particulares em cada região do país. O subtrópico brasileiro caracteriza-se por ser grande produtor de grãos, carne e leite, com utilização intensiva do solo. Diversos estudos apontam que os SIPA’s além de intensificar o uso da terra e diversificar a produção, têm potencial para contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), por unidade de alimento produzido. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo: (i) verificar como o manejo da altura do pasto determina diferentes estruturas e influenciam as emissões de GEE em SIPA; (ii) avaliar as emissões de GEE nos diferentes compartimentos do SIPA manejados sob diferentes alturas; (iii) avaliar o balanço global de carbono em SIPA. Para isso, um experimento foi conduzido durante os anos de 2013 e 2014, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em um protocolo experimental de longo prazo iniciado em 2001. Os tratamentos foram arranjados em um delineamento de blocos completamente casualizados, com três repetições, e consistiram de diferentes alturas de pastejo por bovinos em pasto misto de azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) e aveita-preta (Avena strigosa Schreb.): (P10) 10 cm, (P20) 20 cm, (P30) 30 cm, (P40) 40 cm e ausência de pastejo (SP). Os animais do tratamento (P10) apresentaram menor emissão diária em valores absolutos comparado aos outros tratamentos. O tratamento P20 apresentou menor valor de intensidade de emissão não diferindo de P30 e P40 (P>0,05), com uma diferença cerca de 25% menor em relação ao tratamento P10. Em SIPA’s, os resultados obtidos demonstram que as emissões provenientes dos animais, participam em até 15% do total emitido pelo sistema de produção, desmistificando o papel do animal como grande responsável pelo aquecimento global no setor agropecuário.