Fatores que interferem na transmissão materno-infantil do HIV em um hospital universitário do município de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Leopoldino, Maria Aparecida Andreza
Orientador(a): Corleta, Helena von Eye
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/148103
Resumo: Introdução: O Protocol Aids Clinical Trial Group (PACTG 076), publicado em 1994, demonstrou que a utilização da zidovudina (ZDV) reduzia a taxa de transmissão materno-infantil do HIV (TMI HIV) de 25% para 8,3%. Atualmente a terapia antirretroviral (TARV) combinada associada a uma série de medidas pode reduzir a taxa de TMI HIV para menos de 2%. Embora o Ministério da Saúde preconize a adoção destas medidas, a TMI HIV ainda permanece acima dos níveis desejados, principalmente em nosso meio. De acordo com levantamento da Vigilância Epidemiológica do Município de Porto Alegre, no ano de 2012 a taxa TMI HIV foi de 2,9%. Objetivo: Avaliar os fatores que interferem na TMI HIV em um Hospital Universitário do Município de Porto Alegre/RS. Método: Trata-se de um estudo de coorte histórico, tendo como amostra 292 bebês nascidos de mulheres portadoras do HIV, cujos nascimentos ocorreram no Centro Obstétrico de um Hospital Universitário do Município de Porto Alegre/RS, entre 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2014. Resultados: Dos 292 bebês, cujas mães eram portadoras do HIV, 3,8% (n=11) foram contaminados. Destes 90,9% (n=10) nasceram por cesariana; 90,9% (n=10) tinham d37 semanas; 54,6% (n=6) receberam ZDV xarope isoladamente e 45,4% (n=5) receberam ZDV + nevirapina (NVP). Quatro gestantes cujos bebês foram contaminados apresentaram sífilis na gestação (36,4%). A má adesão a TARV (p<0,003), a carga viral d1.000 cópias/mL ou ignorada no 3º trimestre (p<0,001) e o CD4 <500 células/mm3 (p<0,046) no terceiro trimestre foram significativamente associados a maior TMI HIV. Conclusão: Os fatores associados significativamente a TMI HIV foram à má adesão a TARV, a presença de sífilis na gestação, a carga viral d1000 cópias e o CD4 <500 células/mm³ no terceiro trimestre.