Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Fonteles, Henrique Bauermann |
Orientador(a): |
Grande, Pedro Luis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/250572
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Resumo: |
O estudo das propriedades e interações de drogas quimioterápicas possui um papel vital no desenvolvimento de novos tratamentos oncológicos e no aprimoramento dos que estão atualmente em uso. A cisplatina (Pt(NH3)2Cl2) e outras drogas a base de platina são medicamentos amplamente utilizados para tratar diversos tipos de câncer, incluindo testículo, ovário, pescoço, entre outros. O presente trabalho investigou a interação da cisplatina com células de glioblastoma humano da linhagem U87 a fim de descobrir se o uptake era distinto entre elas. Entender e estudar como se dá o uptake de um droga é de suma importância para a compreensão dos mecanismos de resistências associados a interação dela com as células cancerosas. As células foram tratadas com diferentes concentrações de cisplatina (10, 20 e 100 µM) por 24 horas. A análise foi realizada utilizando a técnica de µ-PIXE, com um feixe de prótons de 2,2 MeV e tamanho de aproximadamente 1,2 x 1,2 µm2 , que forneceu informação elementar da amostra e permitiu a criação de mapas elementares 2D com resolução espacial micrométrica. Medindo os sinais do Cloro e da Platina, foi possível identificar células individuais na amostra e observar quais delas possuíram um maior uptake de cisplatina, respectivamente. Além disso, foi notado que na amostra de 100 µM houve a presença de um alto sinal de Ferro correlacionando com o sinal da Platina, que não estava presente em concentraçõe menores de cisplatina. Tal resultado pode ser evidência de ferroptose, isto é, um tipo de morte de celular dependente de ferro, completamente independente da apoptose convencional. Estudos recentes já mostraram que a cisplatina pode induzir ferroptose caso a dose exceda um determinado limite. Todos os experimentos foram realizados no Laboratório de Implantação Iônica com um acelerador Tandem de 3MV. Esse trabalho também demonstrou a versatilidade e aplicabilidade da técnica de µ-PIXE e como ela pode ser utilizada para conduzir análises e experimentos multidisciplinares. |