Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Sperotto, Fernanda Queiroz |
Orientador(a): |
Lahorgue, Maria Alice Oliveira da Cunha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/95376
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Resumo: |
O setor de produção de celulose mundial vem passando por mudanças significativas nas últimas décadas, principalmente no que tange à sua localização, haja vista o deslocamento de seu centro produtivo dos países desenvolvidos para os países emergentes. Dentre estes, destacam-se os da região do Cone Sul, especialmente o Brasil, o Chile e o Uruguai. O objetivo desta tese é investigar a formação de um paraíso de poluição, ou seja, a possibilidade de indústrias com elevado potencial poluidor estarem migrando para países com regulamentação ambiental supostamente mais branda. Para tanto, analisou-se a existência de diferenciais de conduta e de desempenho ambiental em dois grupos de empresas: um formado pelas empresas estrangeiras situadas na região e suas coirmãs no exterior, e outro pelas primeiras e as nacionais. Na conduta ambiental, analisaram-se as certificações ambientais, a divulgação de relatórios de sustentabilidade e, nestes, a publicação de níveis de emissão de poluentes e de investimentos direcionados ao controle da poluição e/ou de melhoria ambiental. O desempenho ambiental foi avaliado a partir dos parâmetros de emissão de poluentes no ar e na água propostos pela abordagem Best Available Techniques (BAT). Foi possível identificarem-se diferenças tênues de conduta ambiental entre as empresas estrangeiras e as nacionais, havendo, porém, diferenças importantes de desempenho. As plantas estrangeiras localizadas no Cone Sul apresentam, em geral, um desempenho ambiental superior ao das suas próprias coirmãs no exterior e ao das firmas nacionais do segmento. Como estas se diferenciam por serem plantas recentes, que começaram a operar na segunda metade de 2000, tudo indica que a tecnologia utilizada é igual, ou superior, àquela observada nos seus países de origem. Portanto, a hipótese de formação de um paraíso de poluição no Cone Sul não foi confirmada. Entretanto, há um eminente processo de efeito poluição em formação, basicamente decorrente da presença local de tantas instalações industriais de grande porte, muitas delas com capacidade produtiva instalada que excede a um milhão de toneladas/ano. |