Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Anelise Bergmann |
Orientador(a): |
Passos, Eduardo Pandolfi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/206282
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Resumo: |
Base teórica: Células-tronco mesenquimais (CTMs) são células multipotentes, com capacidade de autorrenovação e diferenciação. Devido às suas características, têm sido estudadas para utilização na terapia celular de diferentes patologias. Podem ser isoladas da medula óssea, tecido adiposo, tecidos neonatais, polpa dentária, entre outros. A utilização de CTMs isoladas de tecidos neonatais apresenta vantagens sobre as fontes de tecidos adultos, como quantidade e facilidade de obtenção, sem envolvimentos éticos associados, ausência de traumas para o doador, células com menor possibilidade de incorporação de mutações, melhor diferenciação, menor imunogenicidade e melhor capacidade de homing. As características biológicas das CTMs, bem como o seu potencial terapêutico, podem variar dependendo da fonte e protocolo de isolamento utilizados. Objetivo: Comparar protocolos para isolamento de CTMs de quatro fontes humanas de um mesmo indivíduo: decídua da placenta (D-CTMs), membrana amniótica (A-CTMs), membrana coriônica (C-CTMs) e segmento do cordão umbilical (CU-CTMs), a fim de definir o melhor protocolo de isolamento para cada fonte tecidual. Além disso, comparar as CTMs isoladas destas fontes teciduais em relação à imunofenotipagem, capacidade de diferenciação, tamanho em suspensão e cultura, índice de polaridade e potencial de crescimento. Métodos: Foram isoladas D-CTMs, A-CTMs, C-CTMs e CU-CTMs de doadoras saudáveis utilizando quatro protocolos enzimáticos de isolamento. Os tecidos foram submetidos a quatro protocolos de isolamento. As CTMs isoladas foram submetidas a ensaio de diferenciação in vitro, imunofenotipagem por citometria de fluxo, ensaio de dobro populacional, comparação do tamanho em suspensão por citometria de fluxo, análise do comprimento e largura em cultura e cálculo do índice de polaridade. Todos estes parâmetros foram comparados entre as CTMs isoladas e foi realizada análise estatística, considerando significativo p<0,05. Resultados: Foi possível isolar e caracterizar as CTMs de todas as fontes estudadas. A- CTMs e CU-CTMs foram isoladas de todas as amostras utilizando protocolos com tripsina e colagenase; C-CTMs foram obtidas de todas as amostras com dois protocolos, sendo um utilizando colagenase isoladamente e outro associando colagenase e tripsina; D-CTMs foram isoladas em todas as amostras exclusivamente com o protocolo à base de colagenase. C-CTMs em suspensão apresentaram o tamanho menor, enquanto CU-CTMs apresentaram o maior comprimento e a menor largura quando em cultura. A-CTMs mostraram menor índice de polaridade e CU-CTMs foram as células mais alongadas, com o índice de polaridade mais elevado. C-CTMs, D-CTMs e CU-CTMs foram semelhantes em capacidade de crescimento até P8; C-CTMs apresentaram maior longevidade em cultura, enquanto A-CTMs apresentaram proliferação insignificante. Conclusão: O protocolo utilizando colagenase foi considerado o ideal para obtenção de D-CTMs e C-CTMs, enquanto CU-CTMs puderam ser isoladas usando protocolos que utilizam associação de colagenase e tripsina. Não foi possível determinar um protocolo adequado para isolamento de CTMs de membrana amniótica. Tanto tecidos fetais, quanto o tecido materno podem ser utilizados como fonte de CTMs. Porém, considerando as vantagens de células imaturas, CTMs isoladas de cordão umbilical e membrana coriônica demonstraram ser uma opção mais apropriada para avançar em estudos visando a utilização em terapia celular. |