Microterritorialidades em espaços públicos : conflitos e resistências no Brique da Redenção, Porto Alegre/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Danezi, Nathalia Pereira
Orientador(a): Miron, Luciana Inês Gomes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/182773
Resumo: A presente pesquisa tem como finalidade refletir sobre os conflitos territoriais travados nos espaços públicos contemporâneos a partir do conceito de «microterritorialidade», advindo da área de estudo da Geografia. Tal conceito tem sido empregado nos estudos sobre ações e comportamentos cotidianos de atores e grupos sociais que, com a intenção de se apropriar, dominar ou controlar pequenas porções do espaço urbano, questionam e desestabilizam a pretensa homogeneidade do espaço social preconizada pelos discursos hegemônicos que tentam tornar opacas as contradições da sociedade nos espaços públicos. Essas ações e comportamentos criam campos de tensões e contradições entre a ordem e o caos, a disciplina e a subversão, a mudança e a permanência. A presente pesquisa se propôs a explicitar e analisar o campo de tensão estabelecido entre as principais microterritorialidades exercidas no Brique da Redenção e seu entorno. Este espaço público está normalmente associado a ideias de diversidade e democracia, que se desdobram em narrativas de um espaço de convivência profunda e pacífica entre as diferenças. Entretanto, os conflitos territoriais neste espaço público são travados desde a sua constituição, há 40 anos, e seguem até os dias atuais, a partir da manutenção de pequenos territórios definidos não apenas por limites físicos, mas também – e principalmente – por limites simbólicos, que ora dominam, ora resistem, ora tensionam, ora são tensionados. A pesquisa desdobrou-se em quatro etapas e teve como foco de estudo três dos diversos grupos presentes nesse espaço: os Expositores do Brique da Redenção, os Expositores Indígenas e os Ambulantes. Somado a esses grupos também foram analisadas as significações produzidas pelos frequentadores do Brique da Redenção. Espera-se que a pesquisa possa contribuir com a construção teórica sobre «microterritorialidades», ao analisar a constituição e os esforços empregados para a manutenção desses pequenos territórios, bem como instigar reflexões sobre o caráter necessário dos conflitos na construção de espaços públicos ditos democráticos, como alternativa ao espaço público „ideal‟ como espaço pacificado.