Ambiente institucional e mudança na pesquisa agropecuária no Brasil : institucionalização da EMBRAPA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Zingler, Karine Daiane
Orientador(a): Schultz, Glauco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/210238
Resumo: A mudança institucional estudada em uma visão multidisciplinar foi utilizada como referencial teórico nesta tese, nas contribuições de Thorstein Veblen e Douglass North para analisar as principais mudanças na pesquisa agropecuária brasileira, com foco na Embrapa. Esta que foi criada em 1973 para resolver o problema diagnosticado de baixa produtividade agrícola do país causado pelo atraso tecnológico das propriedades, em consonância com as concepções da Revolução Verde. Contudo, ao longo do tempo a agenda de pesquisa se diversificou, incluindo novos especialmente ligados à sustentabilidade. Por isso, esta tese de doutorado perseguiu o objetivo de “Analisar a mudança organizacional da Embrapa em sua reação a mudanças no ambiente institucional.”, e, para alcançá-lo, utilizou-se de pesquisa bibliográfica, documental em Planos Diretores, Balanços Sociais e outros, e entrevistas com gestores e ex-presidentes. A partir da observação dos grandes pontos de mudança organizacional estes foram confrontados com os movimentos observados no ambiente no qual a Embrapa está inserida. Entre eles destaca-se: a Rio-92 que incitou no país o debate sobre a problemática ambiental, o fim do regime militar e ascensão dos movimentos sociais, as mudanças constitucionais em 1988 e a retração dos recursos públicos a partir dos anos 1990. Entre 2005 e 2015 a diversificação da agenda da Embrapa foi incentivada pelo governo brasileiro através de aporte de recursos orçamentários e humanos direcionados para áreas ligadas à sustentabilidade em consonância com as tendências internacionais. Esses movimentos passaram a ser captados de forma sistemática com a inserção do planejamento estratégico. Então, a mudança institucional na pesquisa agropecuária brasileira com foco na Embrapa é incremental, pressionada pelo ambiente que passou a exigir diversidade de respostas para novos problemas, impulsionada internamente pelo planejamento a partir de 1990 com a criação da Secretaria de Administração Estratégica. E tem o papel fundamental dos gestores, com destaque para atuação de Murilo Flores que implementou a mudança, em um processo de longo prazo dependente em sua trajetória, já que a produtividade continua entre as preocupações.