Diversidade de borboletas frugívoras (Lepidoptera: Nymphalidade [i. e. Nymphalidae]) e avaliação do uso de armadilhas atrativas associadas à marcação e recaptura em ambientes de Mata Atlântica, Maquiné, RS, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Teixeira, Melissa Oliveira
Orientador(a): Romanowsky, Helena Piccoli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/17680
Resumo: O presente trabalho objetivou inventariar borboletas frugívoras através de armadilhas atrativas, método para o qual não se tem registro do uso estandartizado no Rio Grande do Sul. Foram realizadas saídas a campo no Vale do Rio Maquine (29º35’S 50º16’W GR) RS, Brasil, de dezembro/2006 a abril/2007. Duas trilhas foram amostradas: mata em estágio intermediário de regeneração (MI) e mata preservada (MP). Foram calculados estimadores analíticos de riqueza, índices de diversidade, dominância e similaridade. Foram amostrados 684 indivíduos (N) em 34 espécies (S) (MI: S=27 e N=429 e MP: S=25 e N=255). Os estimadores de riqueza indicaram que 70-80% da fauna foi amostrada. Mais de 70% dos indivíduos pertencem a apenas cinco espécies, revelando a alta dominância. Hamadryas epinome (C. Felder & R. Felder, 1867) foi a espécie mais abundante, com dominância acentuada em MI. Mais de 50% das espécies foram compartilhadas. Índices de similaridade (Jaccard = 053 e Morisita = 0,85) indicam semelhança entre trilhas. Comparando os resultados com inventário realizado com rede entomológica, concomitantemente e nas mesmas áreas, obteve-se abundância e riqueza bastante superior em relação a guilda de frugívoras capturada com armadilhas, ressaltando a importância do uso de armadilhas para o real conhecimento desta guilda. Houve associação significativa entre método de captura e abundância das subfamílias (P < 0,001). Entre as quatro espécies mais abundantes, 21 a 59%, dos indivíduos foram recapturados pelo menos uma vez. Dados sobre longevidade foram surpreendentes, indicando sobrevivência além do esperado e conhecido para borboletas frugívoras neotropicais: por ex., H epinome, apresentou longevidade registrada de 128 e 129 dias (máximo registrável no período de estudo). Catoblepia amphirhoe (Hübner, [1825]), Penetes pamphanis Doubleday, [1849], Caligo brasiliensis (C. Felder, 1862), foram registros novos para Maquiné. Face o ineditismo dos dados, espera-se que o Presente estudo seja base para futuras pesquisas com esta guilda específica, da qual pouco Se conhece no Rio Grande do Sul.