Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Trindade, Thiago Gomes da |
Orientador(a): |
Harzheim, Erno |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/76159
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Resumo: |
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é o problema de saúde mais frequente entre adultos na Atenção Primária à Saúde (APS) e de alto impacto na morbimortalidade, sendo essencial que os serviços de APS sejam estruturalmente organizados e utilizem intervenções apropriadas para o controle pressórico, capazes de reduzir eventos cardiovasculares nos indivíduos hipertensos. Esta tese tem o objetivo de avaliar a qualidade do cuidado assistencial ofertada aos hipertensos da rede de APS do Município de Porto Alegre, e seu impacto na redução de hospitalizações. Realizou-se um estudo transversal de base populacional, onde foram avaliados os usuários (628 hipertensos reconhecidos), os profissionais de saúde (174 médicos e 88 enfermeiros) e os coordenadores de 70 unidades de saúde. Entre os usuários, estimou-se a prevalência de mudanças de estilo de vida (dieta, atividade física, perda de peso, cessação do tabagismo e redução do consumo de álcool) e o uso de medicamentos (anti-hipertensivos, aspirina e estatina), assim como a taxa de hospitalizações. Com relação à estrutura das unidades de saúde, cerca de um terço não apresentavam um seguimento adequado dos pacientes, sem protocolo definido ou grupo de hipertensos, além da falta de medicamentos essenciais. Observou-se uma resposta insatisfatória dos profissionais sobre o conhecimento de condutas efetivas na abordagem ao hipertenso (avaliação do risco cardiovascular, indicações de medidas não farmacológicas e farmacológicas para o tratamento, e solicitação de exames de seguimento), porém com diferenças significativas para alguns itens favoráveis à profissão médica, ao gênero feminino, ao menor tempo de formado, a ser especialista em medicina de família e comunidade, e ter feito alguma atualização no último ano. Na análise realizada no estudo transversal com os hipertensos reconhecidos, a partir das medidas de impacto sobre a doença, estimou-se uma redução de 22% nas hospitalizações para uma coorte hipotética de 500 hipertensos acompanhados por uma equipe da Estratégia Saúde da Família, por 10 anos, a partir da implementação das intervenções não farmacológicas e farmacológicas entre os hipertensos elegíveis. Estes achados mostram unidades com uma estrutura inadequada ao cuidado efetivo com o hipertenso, além do conhecimento insuficiente dos profissionais de saúde sobre as condutas baseadas em evidências na abordagem integral destes pacientes. Contudo, existe uma possibilidade de redução de mais de 20% de hospitalizações com o incremento das intervenções. Para isto, faz-se necessária a reorganização da rede de APS, através da qualificação de sua estrutura e do processo, de modo a incorporar efetivamente estas medidas ao processo de trabalho das equipes frente ao cuidado com o paciente hipertenso. |