Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ceratti, Rodrigo do Nascimento |
Orientador(a): |
Beghetto, Mariur Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/229420
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Resumo: |
Introdução: A retenção urinária (RU) é definida pelo esvaziamento incompleto da bexiga e seu diagnóstico costuma ser embasado na queixa do paciente e na avaliação clínica do enfermeiro. Apesar da ultrassonografia (US) da bexiga vir sendo empregada por enfermeiro em algumas salas de recuperação anestésica, a sondagem vesical (SV) é o “padrão-ouro” para sua confirmação. A falta de consenso sobre o volume urinário que defina RU e o emprego de diferentes métodos de diagnósticos contribuem para a variabilidade na incidência. A literatura carece de estudos que comparem os métodos de avaliação de RU, especialmente em pacientes clínicos e no cenário brasileiro. Objetivo: Avaliar a concordância entre observadores e entre métodos no diagnóstico de RU. Método: Estudo transversal, de enfoque diagnóstico, realizado de fevereiro a setembro de 2018, em uma unidade de internação clínica. A coleta de todos os dados foi realizada por enfermeiros experientes. Os pacientes foram avaliados diante da suspeita de RU a partir da sua queixa. Seguiu-se a avaliação clínica do enfermeiro, da realização de US da bexiga e da SV. Foram realizadas avaliações independentes e em duplicata para avaliar a concordância entre os observadores. A drenagem de > 500mL de urina na SV foi considerada como RU. A concordância entre observadores e entre métodos foi testada por meio do coeficiente de Kappa. A relação entre o volume urinário estimado na US e o obtido na SV foi avaliada por meio de Correlação de Spearman. Também, foi produzido gráfico de Bland-Altman para avaliar esta relação. O estudo foi aprovado quanto aos seus aspectos éticos e metodológicos (CAE: 73406017.4.0000.5327). Resultados: Foram realizadas 208 avaliações em 50 pacientes. As avaliações em duplicata (n = 40) mostraram excelente concordância entre os enfermeiros em determinar RU de acordo com a queixa do paciente (k = 1,0; IC95%: 0,853 – 1,146), moderada concordância entre os enfermeiros em determinar RU quando embasam seu diagnóstico na impressão clínica (k = 0,551; IC95%: 0,591 – 0,883). Por outro lado, a concordância foi substancial (k = 0,783; IC95%: 0,703 – 0,996) quando se embasaram na US. Houve mínimas diferenças (<50mL) entre enfermeiros ao estimarem o volume de urina utilizando a US. No total de avaliações, a taxa de incidência de RU variou de acordo com o método de avaliação. De acordo com a queixa do paciente foi 21,2%, mediante a impressão clínica dos enfermeiros foi 22,1% e com a realização da US foi 34,1%. Nem sempre houve coincidência entre os métodos. Houve concordância plena somente entre a avaliação pela US e a realização de sondagem vesical (k = 1,0; IC95%: 0,935 – 1,064). A concordância para a decisão de realizar SV foi menor entre a impressão do paciente (k = 0,41; IC95%: 0,351 – 0,479) e a impressão clínica do enfermeiro (k = 0,67; IC95%: 0,611 – 0,739). Conclusão: Enfermeiros discordam ao emitir parecer sobre a presença de RU. A queixa do paciente e a impressão do enfermeiro são insuficientes para determinar o quadro de RU de modo seguro. Enfermeiros embasam sua decisão de realizar sondagem vesical nas estimativas geradas na US. |