Trajetórias ocupacionais de trabalhadores desligados do setor de telecomunicações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Silva, Paulo Herbert C. da
Orientador(a): Larangeira, Sônia Maria Guimarães
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/13376
Resumo: Essa dissertação reconstitui e analisa as trajetórias ocupacionais dos trabalhadores que aderiram ao Plano de Desligamento Voluntário da Companhia Riograndense de Telecomunicações, no ano de 1996, na modalidade de Pedido de Demissão Voluntária. A amostra é constituída de ocupações típicas do setor de telecomunicações (dez instaladores reparadores de rede e dez engenheiros). O período de reconstituição das trajetórias ocupacionais vai do ano de 1996 até o segundo semestre de 2002. A análise dos dados sugere: a) o direito a indenizações significativas que iam além do previsto em lei, oferecida por uma empresa estatal, influenciou de maneira positiva as trajetórias ocupacionais, b) a qualificação profissional mostrou-se um elemento importante para o destino das trajetórias ocupacionais dentro e fora do setor de telecomunicações, atuando, em determinadas situações, como uma variável capaz de compensar a idade mais elevada da força de trabalho, c) os instaladores apresentaram destinos menos virtuosos que os engenheiros, configurando uma ruptura com a inserção ocupacional estável e ascendente que caracterizou as relações de trabalho durante a vigência do monopólio estatal das telecomunicações, d) redes de contatos profissionais auxiliaram os instaladores a reinserirem-se no mercado de trabalho mais rapidamente no período de expansão das telecomunicações e, e) a família, nos momentos de rupturas dos trabalhadores com o mercado de trabalho, atuou, na maioria dos casos, como suporte social, proporcionando auxílio nos momentos de dificuldade e melhores possibilidades de escolha no mercado de trabalho. Em síntese, a análise dos dados sugere que as trajetórias ocupacionais dos trabalhadores foram fortemente determinadas por fatores de ordem estrutural, sendo a ação dos indivíduos uma resposta às transformações e barreiras que passam a encontrar no mercado de trabalho. Dessa forma, os diferentes destinos das trajetórias ocupacionais podem ser interpretados como o reflexo da capacidade ou não de adequação das ações dos indivíduos às transformações estruturais em curso, sofrendo influência de elementos como família e redes de contato na forma ou na qualidade dessa ação.