Uso da autofluorescência e de sondas fluorescentes como potencial ferramenta de detecção precoce do câncer bucal: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lima, Igor Felipe Pereira
Orientador(a): Lamers, Marcelo Lazzaron
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/226106
Resumo: O carcinoma espinocelular oral (CEC) é uma das neoplasias mais frequentes da cavidade bucal. Contudo, a maioria dos pacientes é diagnosticada em estágios avançados, minimizando a chance de cura, piorando a sobrevida e dificultando o tratamento a ser realizado. Assim, a detecção precoce das lesões de CEC é fundamental para o diagnóstico em estágios iniciais. Diversos métodos não invasivos têm sido propostos para este fim e alguns deles utilizam o mecanismo da autofluorescência tecidual e aplicação de sondas fluorescentes. Assim, o objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão sistemática acerca do uso da autofluorescência e de sondas fluorescentes como potencial ferramenta de detecção precoce do câncer bucal. Quatro bases de dados (PubMed, Embase, Web of Science e Scopus) foram utilizadas como fonte de busca, no qual foram incluídos estudos que usaram autofluorescência e sondas fluorescentes para detecção do câncer bucal. O estudo foi registrado no PROSPERO sob número CRD42020169535. Quarenta e cinco estudos foram selecionados para a revisão sistemática. O VELscope foi o dispositivo mais utilizado para autofluorescência (sensibilidade 33% a 100% e especificidade 12% a 88%) e se mostrou eficaz na distinção de mucosa bucal normal e neoplásica. Por outro lado, a adição de sondas fluorescentes no tecido neoplásico se baseia no princípio do acúmulo de moléculas fluorescentes nas células tumorais que, após uma reação fotodinâmica, permite a distinção de tecido normal e tumoral. Observamos que as sondas fluorescentes, especialmente o 5-ácido aminolevulínico (sensibilidade de 90% a 100% e especificidade de 51% a 96%), também são estratégias promissoras na detecção precoce do CEC. Diante disso, a avaliação da autofluorescência tecidual e a aplicação de sondas fluorescentes devem ser encorajadas, pois permitem a distinção da mucosa bucal normal e alterada, auxiliando o cirurgião-dentista em sua rotina clínica na triagem de pacientes e, consequentemente, aumentando as chances do diagnóstico do CEC em estágios iniciais.