Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cauzzi, Camila Lohmann |
Orientador(a): |
Cunha, Andre Moreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197195
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Resumo: |
Nos últimos anos, a temática dos setores criativos tem ganhado atenção nos estudos acadêmicos e nas políticas públicas. O conceito surgiu no final da década de 1990, no contexto da especialização de economias avançadas em atividades baseadas em conhecimento. Nesse contexto, diversos acadêmicos e instituições buscaram apresentar suas visões sobre quais seriam os setores criativos, baseando-se em diferentes fundamentos. Assim, não há consenso sobre quais são precisamente os setores criativos. Recentemente, um novo modelo foi apresentado na literatura, destacando-se por ser o primeiro que utiliza critérios baseados em resultados empíricos específicos a cada economia: o modelo da intensidade criativa. Nesse modelo, aplicado na economia britânica, os setores criativos seriam aqueles que empregam um maior percentual de trabalhadores criativos do que o restante dos setores em uma economia. O presente trabalho busca analisar a configuração dos setores criativos no Brasil. Assim, busca analisar quais são os setores mais intensivos em criatividade (ou seja, os setores criativos), qual é a composição setorial do emprego e qual é a magnitude dos postos de trabalho que esses setores geram no Brasil. Este trabalho aplica o modelo de intensidade criativa para responder a essas questões, utilizando duas bases de dados sobre o mercado de trabalho brasileiro: a Relação Anual de Informações Sociais e a Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua. Dado que o Brasil é uma economia menos especializadas em atividades baseadas em conhecimento, esperou-se que a aplicação desse modelo levasse a resultados distintos dos observados no trabalho original britânico. Os resultados da análise vão ao encontro dessa ideia. Os dados indicam que, embora existam muitas semelhanças, existem também algumas diferenças entre os setores considerados criativos na economia britânica e na brasileira. Também foi identificada uma participação relevante dos setores criativos de baixa intensidade tecnológica no emprego, em magnitude próxima ao emprego gerado pelos setores de alta intensidade, e uma pequena participação dos trabalhadores da economia criativa no total de ocupados da economia brasileira – alinhando-se com o entendimento das especificidades da estrutura econômica do País. Também se observou que os setores criativos brasileiros são, de modo geral, aqueles setores nos quais as criações são originadas, e não comercializadas ou disseminadas. |