Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Haubert, Gabriela |
Orientador(a): |
Carlos, Caio José |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/212837
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Resumo: |
O Biguá (Nannopterum brasilianus) é uma das aves aquáticas mais abundantes no litoral do Rio Grande do Sul, utilizando o estuário da Laguna de Tramandaí como uma área de alimentação. Poucas informações a respeito da ecologia do Biguá no estado são conhecidas e o objetivo deste trabalho foi descrever a dieta e a relação dos itens alimentares com o ambiente. Foram coletados 391 regurgitos (pellets) de Biguá na Laguna de Tramandaí, durante o período de um ano (2017-2018) e os itens alimentares foram identificados a partir de estruturas diagnosticas resistentes ao processo de digestão, como otólitos de peixes. Foram encontrados 4.996 itens alimentares, dos quais 4914 eram peixes teleósteos, representando 98.34% da dieta, e distribuídos em 14 famílias e pelo menos 34 espécies. As outras 83 presas pertencem a duas espécies de crustáceos. O comprimento médio dos peixes na dieta foi de 98.70 mm. 85.80% dos quais apresentaram comprimento total entre 30 e 160 mm. Os peixes mais importantes na dieta do Biguá são espécies demersais, como os bagres (Genidens spp.) e a corvina (Micropogonias furnieri); porém, espécies pelágicas como as tainhas (Mugil spp.) também foram muito frequentes. Essas espécies são abundantes no estuário e principais alvos da pesca artesanal da região. A corvina (Micropogonias furnieri) esteve presente na dieta ao longo de todo o período de amostragem, variando em tamanho durante os meses e sendo representada por indivíduos juvenis e subadultos. O Biguá pode ser considerado uma espécie generalista e apresenta uma plasticidade alimentar, sendo capaz de ajustar seu comportamento em resposta as mudanças ambientais no estuário. |