O processo de tomada de decisão no tratamento de crianças com indicadores de TDAH : percepções de profissionais de CAPSI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Manara, Kalil Maihub
Orientador(a): Piccinini, Cesar Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/219197
Resumo: Este estudo teve como objetivo investigar o processo de tomada de decisão no tratamento de crianças com indicadores de TDAH, na percepção de profissionais de saúde mental. Em particular, buscou-se conhecer em que medida a tomada de decisões é compartilhada com a criança e sua família. Participaram do estudo oito profissionais de dois Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) da Região Metropolitana de Porto Alegre. Trata-se de um estudo de caso múltiplo, em que os participantes foram entrevistados individualmente e seus relatos foram submetidos à análise temática. A respeito tomada de decisão no tratamento, foram gerados dois temas, Tratamento padrão e Dificuldades diagnósticas e patologização. Já no que diz respeito à participação dos usuários e seus familiares no processo de tomada de decisão, foram gerados três temas, Informações dos profissionais, Participação como resposta e Divergências criança-família. A tomada de decisão no contexto dos CAPSi estudados enfrenta o desafio da adequação do tratamento às complexidades de cada caso em um contexto de excesso de demanda. Além disso, foram identificados alguns desafios para o envolvimento dos usuários e familiares nas decisões sobre o tratamento. A dificuldade de compreensão das informações sobre o tratamento é geralmente percebida como uma barreira à participação dos usuários nas decisões, e o compartilhamento de informações é associado restritamente a uma função argumentativa. A participação de crianças e familiares nas decisões sobre o tratamento geralmente está restrita ao fornecimento de feedbacks a respeito das intervenções e propostas terapêuticas. Também foram relatadas divergências entre os interesses e preferências das crianças e os expressos por seus familiares. Esses aspectos poderão ser abordados por futuros estudos e intervenções, a fim de aprofundar a compreensão e enfrentar os desafios para o envolvimento de usuários e familiares nas decisões sobre o seu tratamento no SUS.