Formação docente inicial e o ensino ao aluno com deficiência em classe comum na perspectiva da educação inclusiva

• Ano de defesa: 2013
• Autor(a) principal: Brabo, Gabriela Maria Barbosa
• Orientador(a): Carvalho, Marie Jane Soares
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Professor; Formação; Inclusão escolar; Educação inclusiva; Aluno; Deficiente; Bernstein, Basil, 1824-2000; Vigotsky, L. S. (Lev Semenovich) , 1896-1934
• Palavras-chave em Inglês: Early teacher education; Educational intervention; Inclusion; People with disabilites; University
• Palavras-chave em Espanhol: Formación inicial del profesorado; Intervención pedagógica; Inclusión; Estudiante con discapacidades; Universidad
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/72692

A tese aqui apresentada aborda o processo de pesquisa realizado entre os anos de 2008 e 2012, no decorrer do curso de doutorado, que foi direcionado para o estudo sobre a formação docente inicial e o ensino ao aluno com deficiência em classe comum na perspectiva da Educação Inclusiva. Tal pesquisa teve como objetivo principal analisar o percurso da formação docente inicial ― tomando como base a disciplina Intervenção Pedagógica e Necessidades Educativas Especiais, ofertada pela Faculdade de Educação – FACED ― voltada para o ensino/atendimento ao aluno com deficiência em classe comum na perspectiva da educação inclusiva, no contexto da Universidade brasileira, e mais especificamente o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. A abordagem escolhida foi de natureza qualitativa baseada na pesquisa histórico-cultural, que percebe os sujeitos como “criadores de ideias e consciência que, ao produzirem e reproduzirem a realidade social, são ao mesmo tempo produzidos e reproduzidos por ela” (FREITAS, 2002, p. 22). Desse modo, o contexto da pesquisa se configurou no espaço da UFRGS, e em particular, na FACED. Os sujeitos investigados se subdividiram em três grupos distintos: ex-alunos da disciplina Intervenção Pedagógica e Necessidades Educativas Especiais, durante os semestres 2009/2, 2010/1 e 2010/2; coordenadores dos cursos de licenciatura da UFRGS, perfazendo um total de dezessete profissionais, correspondendo às dezessete áreas de conhecimento que esses cursos abrangem; e os professores da referida disciplina. Os instrumentos metodológicos utilizados foram: análise de documentos; entrevista semiestruturada; experiência pessoal; e diário de campo. O estudo apresenta como aportes teóricos as obras de dois autores: Basil Bernstein e sua sociologia da educação, e Lev Seminovich Vygotsky e sua teoria histórico-cultural. A pesquisa possibilitou uma percepção de avanços discretos, ainda que tardios, no que diz respeito à atuação educacional da UFRGS com vistas a desenvolver, cada vez mais, ações que propiciem o acesso e a permanência de alunos com deficiência em seus cursos; propiciem principalmente o incremento de uma formação docente que responda à demanda dos futuros professores que irão trabalhar com alunos com deficiência em classes comuns das escolas regulares, e também à ampliação de projetos de pesquisa e extensão que contemplem esse campo de conhecimento. Para tanto, o papel da disciplina Intervenção Pedagógica e Necessidades Educativas Especiais é crucial, como espaço de mediação entre alunos, professores e a prática pedagógica. Espaço também de interação com outros professores, cursos e departamentos, apostando numa visão trialética de inclusão, através da criação de culturas inclusivas, da produção de políticas inclusivas e do desenvolvimento de práticas inclusivas. E que a Universidade brasileira se torne um campo de recontextualização pedagógica que leve à transformação social, e o professor seja o autor de seu discurso pedagógico.