Efeitos antinociceptivos e neuroquimicos de agonista de receptor de adenosina A3 em modelos animais de dor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cioato, Stefania Giotti
Orientador(a): Torres, Iraci Lucena da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/203859
Resumo: Introdução: dor crônica representa um problema de saúde pública que acomete a qualidade de vida dos indivíduos e despende alto custo socioeconômico. E, as terapias farmacológicas, atualmente disponíveis, ainda resultam no uso descontinuado devido seus efeitos colaterais ou alívio inadequado da dor. Desta forma, a busca por novas modalidades de tratamento que permitam uma melhor abordagem terapêutica dos quadros dor, com menos efeitos adversos e baixo custo torna-se de fundamental importância, sobretudo nas condições crônicas. Neste contexto, o uso de agonistas seletivos de receptor adenosinérgico A3 (A3AR) parece representar uma opção terapêutica viável para o tratamento da dor crônica de diferentes etiologias. Objetivo: contudo, o objetivo deste trabalho foi investigar o efeito antinociceptivo de tratamento agudo com agonista A3AR (IB-MECA) em modelo animal de dor crônica inflamatória ou dor crônica neuropática, por meio de respostas comportamentais nociceptivas. Adicionalmente, correlacionar este efeito com níveis centrais de neurotrofinas e citocinas. Metodologia: este estudo experimental foi desenvolvido na Unidade de Experimentação Animal do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (sob CEUA n° 2015-0530, 2018-0377), e foram utilizado ratos Wistar adultos (50-60 dias), em condições ideais de biotério. Os ratos foram randomizados por peso corporal (g) em diferentes grupos dentro de cada modelo de dor (controle, controle+veículo, controle+droga padrão, controle+IB-MECA, dor, dor+veículo, dor+ droga padrão, dor+IB-MECA). Testes nociceptivos realizados foram: placa quente, von frey e Randal Selitto. Medias bioquímicas foram: níveis centrais de citocinas (interleucinas 1β e 10) neurotrofinas (fator neurotróficos derivado do encéfalo- BDNF e fator de crescimento neuronal –NGF) por técnica de ELISA. 1° protocolo experimental: modelo de dor crônica inflamatória por meio de injeção na pata traseira de Adjuvante Completo de Freund (CFA,100μL). 2° protocolo experimental: modelo de dor crônica neuropática por meio da constrição crônica do isquiático. Dados foram analisados pelo SPSS versão 20.0 e P<0.05 foi considerado significativamente diferente. Resultados: IB-MECA reverteu o comportamento hipernociceptivo apresentado em ambos modelos de dor crônica. E não foi encontrado correlação entre este efeito e níveis centrais de citocinas (IL-1β e IL-10) e neurotrofinas (BDNF e NGF). Conclusão: administração aguda de IB-MECA é capaz de desencadear efeito antinociceptivo em modelos de dor crônica inflamatória e neuropática; não estando diretamente correlacionado com alterações nos níveis de citocinas e neurotrofinas, pelo menos, nas condições experimentais do presente trabalho, como marcadores analisados e administração aguda de IB-MECA. Adicionalmente, estudos experimentais utilizando modelos animais que permitam a investigação dos quadros de dor crônica, assim como de novas terapias farmacológicas, avaliando o seu impacto nas respostas nociceptivas, seus efeitos neuroquímicos e moleculares devem ser encorajados, principalmente, relacionados ao receptor A3AR e seus efeitos antinociceptivos, onde ainda há uma escassez no entendimentos dos mecanismos intracelulares envolvidos com seu efeito analgésico.