Transferência de tecnologias na indústria de energia eólica brasileira : respostas da empresa WEG S.A. aos incentivos do BNDES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fabris, Leonardo Prates
Orientador(a): Garcia, Sandro Ruduit
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/213407
Resumo: A pesquisa examina as respostas da WEG S.A. aos incentivos e regras de um tipo específico de política de conteúdo local, concebida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a indústria brasileira de turbinas eólicas. A estratégia empresarial e os resultados da transferência de tecnologias no setor foram analisados com base no estudo de caso da companhia e de suas relações de cooperação com outras empresas e instituições de diferentes naturezas (universidades, governo e associações comerciais) para atender às metas de conteúdo local estabelecidas pelo BNDES para aerogeradores. Como resultado, verificou-se a relevância do Banco para o mercado brasileiro de energia eólica, constatando-se uma relação entre sua expansão e a participação da instituição financeira a partir de 2012 - fenômeno reconhecido pelos gestores entrevistados. Além disso, a burocracia do Banco focou-se em captar as necessidades e limitações do setor incipiente de turbinas eólicas, enquanto ampliava gradualmente as metas de conteúdo local. Isso repercutiu na produção dos componentes tecnologicamente mais avançados em solo brasileiro. Quanto à WEG, vale notar que a empresa ainda é uma exceção no contexto brasileiro: é a única fabricante interessada em desenvolver máquinas com tecnologia nacional. A companhia forma redes com instituições acadêmicas e outras empresas para criar equipes de engenheiros e grupos de P&D no contexto de metas de conteúdo local. Empresas estrangeiras, também credenciadas pelo BNDES, nacionalizaram sua produção, mas toda a inovação tecnológica está concentrada na sede, localizada na Europa e nos EUA. Pode-se concluir, com base em seu estudo de caso da WEG, que os vínculos estabelecidos com outras empresas e entidades do setor são relativamente fortes, sendo acionados pela empresa para alcançar resultados diferenciados para além das imposições institucionais do BNDES.