Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Deponti, Cidonea Machado |
Orientador(a): |
Almeida, Jalcione Pereira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/35398
|
Resumo: |
A extensão rural é uma importante ferramenta de intervenção no meio rural vinculada à ideia de desenvolvimento. A EMATER/RS-ASCAR é a Agência oficial, principal operacionalizadora das políticas públicas da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (SEAPPA-RS) com elevada capilaridade presente em 98% dos municípios. A EMATER/RS-ASCAR sofreu diversas críticas ao longo de sua história e, recentemente, enfrenta uma série de dificuldades: crise financeira, decorrente do corte de recursos públicos pelo governo do Estado; dificuldade operacional; necessidade de redefinição das fontes de financiamento; demissão em massa de empregados; insegurança no quadro funcional; aumento da carga de trabalho. Esta tese formula como objetivo geral analisar a intervenção para o desenvolvimento rural realizada pela extensão rural pública do Rio Grande do Sul, buscando compreender sua trajetória institucional, a ação extensionista e os determinantes da crise atual. Para respondê-lo, foi realizada pesquisa de campo, adotando-se como referencial teórico a Perspectiva Orientada ao Ator (POA). Após análise dos dados secundários e material documental, levantamento de dados primários, a partir de entrevistas com roteiros semiestruturados com 42 interlocutores e observação, conclui-se que as ações com viés difusionista ainda estão presentes na EMATER/RS-ASCAR, nas mais variadas situações e momentos. A Agência apresenta um vício de abordagem, marcado por métodos tradicionais de extensão. No entanto, destaca-se que paralelamente, também são realizadas atividades participativas, com caráter dialógico. A ação extensionista depende de cada extensionista e, assim como a Agência, apresenta um conjunto diverso de perfis. Consequentemente, há uma variedade de posturas. Conclui-se também que as situações de interface social permitiram, na prática, visualizar como ocorre o processo de negociação dos projetos de desenvolvimento propostos pela Agência; como os agentes envolvem os outros em seus projetos, apresentando margem de manobra; como ocorre o ajuste realizado nos projetos em fase de implementação; e, verificar a construção do conhecimento híbrido, resultado do processo de apropriação; a formação e mobilização de redes de interface e conhecimento, denotando a capacidade de agência. E, também analisar a reação por parte dos agricultores a todo processo, desde seu empoderamento,quando a dinâmica de interface é estabelecida até as formas cotidianas de resistência, quando o próprio silêncio denota poder, quando esse poder pode se manifestar por intermédio da subordinação e submissão estratégica. Por fim, conclui-se que o rumo que a EMATER/RS-ASCAR irá seguir dependerá de algumas decisões tomadas pela Agência relativas à sua compreensão sobre o desenvolvimento, a forma de atuação, a ação dos extensionistas e da repercussão de sua importância para a sociedade e para o Estado. |