Análise de cockpits de ônibus a partir das demandas dos motoristas e características da tarefa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Basso, Claudia Rafaela
Orientador(a): Amaral, Fernando Goncalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Bus
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/178516
Resumo: Os motoristas de ônibus apresentam problemas de saúde física e psicológica decorrentes da exposição a fatores relacionados com a organização do trabalho e com a própria configuração do ônibus, mais especificamente da cabine, onde realizam suas atividades. Os projetos das cabines dos ônibus e do seu cockpit, interface através da qual o motorista envia comandos para o ônibus, normalmente desconsideram a opinião do motorista e a relação entre produto/usuário/contexto de uso real, fundamental para garantir um projeto de interface adequado, segundo os conceitos de ergonomia e design. Assim, esta pesquisa tem como objetivo estudar e determinar as demandas dos motoristas de transporte rodoviário e urbano de passageiros com relação aos cockpits de ônibus, a fim de propor melhorias considerando as características da tarefa e a opinião dos motoristas com relação ao seu conforto e desempenho. Participaram do estudo duas empresas de transporte de passageiros, uma rodoviária e outra urbana. A metodologia foi estruturada em três fases. A primeira (Pré-análise) teve como objetivo conhecer os cockpits dos ônibus, entender os requisitos considerados na compra de novos veículos e evidenciar as condições do cockpit que atuam na dirigibilidade do veículo. A segunda fase (Análise) consistiu em investigar a percepção dos motoristas com relação aos cockpits dos ônibus, realizado observação in loco, filmagens, entrevistas, questionário e dinâmica do protótipo de papel Na terceira fase (Pós-análise) foi realizada a triangulação dos dados para identificar os fatores de conforto mais relevantes e a comparação dos resultados dos dois grupos de motoristas. Os resultados da dinâmica convergiram com aqueles das entrevistas e questionários evidenciando que, em geral, os motoristas tendem a manter os comandos nos locais em que se acostumaram, modificando somente o posicionamento daqueles que não atendem suas necessidades de forma satisfatória. A principal demanda dos motoristas de transporte rodoviário está vinculada ao posicionamento do comando do ar-condicionado no cockpit e às condições de conforto térmico na cabine. Os motoristas de transporte urbano de passageiros, por outro lado, desejam o reposicionamento do comando do itinerário para um local de fácil alcance e visibilidade quando em sedestação. Esses também relataram desconforto térmico relacionando com a inexistência do dispositivo da ventarola, uma vez que a maioria dos veículos da frota não dispõe de ar-condicionado. Os dois grupos de motoristas indicaram a necessidade de melhorar a visibilidade do painel de instrumentos que, por vezes, é dificultado pelo mau posicionamento do volante. Além disso, os dois grupos de motoristas consideraram o espaço interno da cabine, o ruído, bem como o conforto do banco, características a serem melhoradas.