Avaliação de empoderamento da rede de atenção psicossocial no cuidado ao usuário de drogas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Elitiele Ortiz dos
Orientador(a): Pinho, Leandro Barbosa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201252
Resumo: Este estudo tem por objetivo avaliar a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) ao usuário de drogas no município de São Lourenço do Sul, Rio Grande do Sul. O estudo utilizou como referencial teórico-metodológico a Avaliação de Empoderamento, uma abordagem com foco na tomada de decisão democrática e participação dos grupos de interesse no processo, gestores, coordenadores e trabalhadores dos serviços da RAPS e da rede intersetorial. A produção de dados ocorreu em 2017, com o uso de técnicas de observação participante, entrevista semiestruturada, análise documental e fórum aberto. No fórum aberto, os grupos de interesse puderam manifestar suas discordâncias e concordâncias com o material empírico, elencando estratégias e interesses a serem pensados para o futuro da rede. A Avaliação de Empoderamento envolveu a necessidade de identificar a missão da rede, avaliar as práticas no contexto atual e discutir/problematizar propostas de planejamento para o futuro. A missão construída pelos grupos de interesse representou a busca por um cuidado integral, visando mudanças de práticas focadas no uso da substância e na doença para práticas de cuidado ampliadas, ancoradas em projetos biopsicossociais. Entre as estratégias que contribuem para o alcance da missão foram destacadas potencialidades e necessidades da rede. Destacaram-se, como potencialidades, a organização da rede como espaço de formação, a disponibilidade de diferentes serviços de cuidado, o apoio da gestão a propostas de atenção psicossocial e as facilidades de acesso aos serviços do município. Das necessidades do cuidado em rede, foram problematizadas as práticas de preconceito, estigma, as dificuldades de articulação do cuidado em saúde mental na atenção básica, as fragilidades do cuidado em saúde mental na zona rural. No planejamento para o futuro, priorizaram-se ações com foco na melhoria do cuidado em saúde mental na zona rural, identificado como ponto frágil da RAPS. Os grupos de interesse propuseram um cronograma de matriciamento e avaliaram a necessidade de qualificar a informatização da rede de saúde mental, investindo no uso de recursos tecnológicos — telefone e internet — para aproximar o campo da cidade. A condução do processo participativo proporcionou movimentos na rede, incentivando momentos de reflexão, educação permanente, compreensão das potencialidades e dificuldades do trabalho e, principalmente, a apropriação do contexto assistencial para subsidiar melhorias centradas no cuidado integral na atenção psicossocial.