Determinantes da fraqueza e propriedades contráteis da musculatura inspiratória na insuficiência cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Ribeiro, Paula Aver Bretanha
Orientador(a): Ribeiro, Jorge Pinto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/60811
Resumo: A fraqueza muscular inspiratória pode estar presente em 30 a 50 % dos pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca crônica, com implicações na qualidade de vida e prognóstico. Entretanto, não está claro quais características clínicas e comportamentais que estariam associadas a essa disfunção. Além disso, como não estão claros os mecanismos moleculares que conduzem a disfunção do diafragma. Parâmetros contráteis incluindo força de contração máxima, força passiva e cinética de pontes cruzadas podem estar alterados em pacientes com IC, e podem estar associados a FMI. Esta tese investigou, primeiramente, determinantes da FMI em comparação com a fraqueza muscular periférica (preensão manual), em pacientes com ICC. Neste estudo foram avaliadas variáveis clínicas, antropométricas e comportamentais destes pacientes. Os resultados demonstraram que apenas aproximadamente 50 % da FMI pode ser explicada pelas variáveis analisadas. Além disso, as variáveis associadas à fraqueza de preensão manual não são diferentes das encontradas em sujeitos saudáveis (gênero e idade). Entretanto, a força inspiratória máxima pode estar associada com marcadores de capacidade funcional do paciente. Em seguida, foram investigadas propriedades contráteis, ativas e passivas de miofibrilas de músculo cardíaco e diafragma, em um novo modelo animal de camundongos com insuficiência cardíaca desenvolvida por knockout para arginilação cardíaco-específica. Resultados do músculo cardíaco demonstram compatibilidade com a disfunção contrátil encontrada em humanos com insuficiência cardíaca congestiva, tais como redução da contração máxima, redução da força passiva e redução da cinética de relaxamento. Entretanto, nos resultados do músculo diafragma, encontramos aumento da força de contração máxima, o que pode sugerir uma mudança adaptativa compensatória associada ao aumento do trabalho inspiratório associado à insuficiência cardíaca crônica. Em conclusão, menos de 50 % da variância da força muscular inspiratória pode ser explicada por variáveis clínicas e comportamentais de pacientes com insuficiência cardíaca crônica. Em um modelo animal de insuficiência cardíaca que resulta em diminuição da contratilidade de cardiomiofibrilas, observa-se aumento da contratilidade das miofibrilas do diafragma, sugerindo que a fraqueza muscular inspiratória associada à insuficiência cardíaca crônica não seja secundária à disfunção contrátil da musculatura inspiratória.