Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Naira Hofmeister de |
Orientador(a): |
Fischer, Luís Augusto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/193090
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Resumo: |
Este trabalho propõe uma tentativa de resgate da vida e da obra de Apolinário Porto Alegre. Personagem de grande contribuição para a cultura e a política do Rio Grande do Sul, no século XIX, este pesquisador, agitador cultural, professor, escritor e político ainda ocupa espaço restrito na memória do Estado e da capital, Porto Alegre. Por um lado, porque os estudos sobre sua obra o situam como fundador do regionalismo rio-grandense, enfocando mais sua produção literária do que a contribuição para a valorização da cultura popular. Por outro, em razão das perseguições sofridas a mando de Julio de Castilhos, que, a partir de uma ação política e com o uso do aparato estatal, contribuiu para o apagamento de sua memória. O trabalho parte de uma reconstituição biográfica de Apolinário Porto Alegre, realizada a partir da consulta de livros e documentação sobre sua personalidade e seu tempo. Repassa seu nascimento, em Rio Grande, a mudança para Porto Alegre e a criação das principais instituições sob seu comando: o Partenon Literário e o Instituto Brasileiro. Recupera, também, a fortuna crítica que Apolinário acumulou nos diversos gêneros que produziu (romance, conto, poesia, teatro e crítica) e o destino de sua produção literária depois de sua morte em 1904. A partir dessas leituras, propõe, então, uma interpretação diferente sobre o seu legado, com foco mais na atitude literária do biografado do que propriamente em sua obra formal. Para isso, valeu-se do apoio da teoria do romance de Mikhail Bakhtin e da perspectiva formativa da literatura de Luís Augusto Fischer. Como resultado, apresenta Apolinário Porto Alegre como uma figura movida por ideais que estavam em voga em seu tempo, mas que foram aplicados de forma pioneira por ele em diversas áreas, ao mesmo tempo em que o coloca em diálogo com o pensamento, por exemplo, de José de Alencar e de Machado de Assis, vinculando sua produção tanto ao Brasil como à tradição da literatura gauchesca platina. |