Adesão e abandono ao tratamento, limitações e autopercepção de saúde na depressão autorreferida : uma análise da PNAUM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Muchale, Aléxi Vargas
Orientador(a): Dal Pizzol, Tatiane da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/250523
Resumo: INTRODUÇÃO: A depressão é uma das doenças de saúde mental mais prevalentes no mundo e causa inúmeros problemas nos indivíduos acometidos por essa condição crônica. Tratamentos farmacológicos e não farmacológicos podem ser utilizados no tratamento da depressão, porém a baixa adesão ao tratamento pode limitar a efetividade do tratamento, principalmente quando em conjunto com outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Sendo a depressão uma doença complexa e que envolve vários aspectos da vida, a avaliação da adesão em conjunto com o abandono de tratamento, limitações e autopercepção de saúde pode auxiliar na análise dos efeitos da condição na vida dos indivíduos. OBJETIVO: Avaliar a adesão ao tratamento dos pacientes depressivos com ou sem DCNT e dos pacientes com DCNT exceto depressão, secundariamente, analisar o abandono ao tratamento, limitações causadas pelas doenças e autopercepção de saúde. MÉTODOS: foi realizada análise de dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos, caracterizada por um inquérito domiciliar de base populacional de desenho transversal. Os respondentes adultos maiores de 20 anos que referiram algum diagnóstico de DCNT constituíram a amostra, que foi analisada com base em três grupos: respondentes que relataram alguma DCNT, exceto depressão (grupo 1), aqueles que relataram depressão e alguma outra DCNT em conjunto (grupo 2) e os que relataram apenas depressão, sem nenhuma outra DCNT em conjunto (grupo 3). Foram utilizados o Brief Medication Questionnaire e o método de Drummond et al (2020) para avaliar a adesão em cada grupo, sendo também avaliada a adesão apenas ao tratamento antidepressivo no grupo 2. Foram avaliadas as frequências ponderadas das variáveis na amostra e aplicado o teste do χ² de Pearson para análise da significância estatística entre os estratos para os desfechos adesão, abandono, autopercepção de saúde e limitações causadas pela doença. RESULTADOS: Observou-se maior predominância de indivíduos do sexo feminino em todos os grupos, com maior diferença no grupo 2. A adesão do grupo 2 foi de 59,3% pelo BMQ e 63,9%% pelo método de Drummond et al, inferior à dos grupos 1 (70,4% e 77,8%) e 3 (74,3% e 83,4%), porém a adesão ao tratamento antidepressivo se mostrou semelhante no grupo 2 (75,9 e 84,4%). O grupo 2 apresentou mais indivíduos em tratamento parcial que os grupos 1 e 3, porém menor abandono quando comparado ao grupo 1. Quando avaliado o abandono ao tratamento antidepressivo, não foi observada diferença significativa entre o grupo 2 e grupo 3. O grupo 2 apresentou maiores 10 limitações e pior autopercepção de saúde que os grupos 1 e 3, com menores diferenças observadas na autopercepção de saúde. CONCLUSÃO: Demonstrou-se que de 2 a 4 pacientes não aderem ao tratamento e que ocorre menor adesão, maior nível de tratamento parcial, maiores limitações causadas pela doença e pior autopercepção de saúde quando a depressão é associada a outras DCNT.