Envelhecimento, campesinato e o crédito consignado : o papel educativo de movimentos sociais em relação as estratégias de educação financeira com idosas camponesas e idosos camponeses

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Jahn, Elisiane de Fátima
Orientador(a): Doll, Johannes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/183230
Resumo: Esta tese de doutorado tem como tema de estudo o papel educativo dos Movimentos Sociais na vida de idosos camponeses e idosas camponesas, relacionando os campos de estudo campesinato, envelhecimento e crédito consignado. Possui como objetivos específicos: entender como o crédito consignado se relaciona com a vida de idosos e de idosas, pertencentes ao meio rural e que são integrantes de Movimentos Sociais; descrever as características do envelhecimento camponês, a partir de revisão bibliográfica, entrevistas, e observação participante realizada durante a pesquisa; identificar, a partir das falas de idosos e de idosas, bem como das lideranças locais, a importância dos Movimentos Sociais Sociais em relação as estratégias de educação financeira, o campesinato e o envelhecimento. A pesquisa participante foi realizada com 19 pessoas idosas dos municípios de Sagrada Família, Lajeado do Bugre, Ibirubá e Selbach, no Rio Grande do Sul. Juntamente ao trabalho com os camponeses e as camponesas, realizei entrevistas com três (03) lideranças locais do Movimento de Mulheres Camponesas e do Movimento dos Pequenos Agricultores. As entrevistas foram realizadas com pessoas entre 58 e 85 anos, sendo 15 (quinze) mulheres e 04 (quatro) homens. Apenas uma das pessoas idosas entrevistadas não havia participado de nenhuma atividade dos Movimentos Sociais citados, mas ela os conhecia e reconhecia sua importância para os sujeitos do campo. Para tanto, se procurou aproximar as compreensões sobre campesinato, envelhecimento, crédito consignado (que é apenas uma ação na vida financeira das pessoas) e movimentos sociais. Essa perspectiva permitiu um enlace de temas ainda pouco explorados, quando pensados em sua forma articulada. De resultados temos, além da construção teórica sobre campesinato, envelhecimento e crédito consignado, a percepção dos sujeitos entrevistados sobre tais assuntos, de modo a dar voz e visibilidade àqueles e àquelas que vivenciam essas questões no seu cotidiano. Com relação ao papel educativo dos Movimentos Sociais, percebemos o quanto o ato de movimentar-se muda as pessoas, que aprendem e de forma coletiva passam a ressignificar seus conhecimentos e suas práticas. As principais referências teóricas utilizadas para o campesinato foram: Wanderley (2009); Ploeg (2008); Carvalho (2005); Cardoso (1987); Via Campesina (2013); Chayanov (2016); Shanin (1980); Ploeg (2016); Conte (2014). Para discutir teoricamente o envelhecimento foram utilizados: Netto (2002); Camarano e Pasinato (2006); IBGE; Silva (2008); Debert (1999/1996); Gorz (2009); Doll (2012); Minayo (2003). Com relação ao envelhecimento do campo: Wanderley e Favareto (2013); Camarano e Abramovay (2009); Morais, Rodrigues e Gerhardt (2008). Para o aprofundamento sobre o crédito consignado, foram citados: Doll e Cavallazzi (2016); Bauman (2008); Palácios (2008); SPC (2014). Por último, com relação a Movimentos Sociais, Rinco e Domingues (2012), contribuíram para o aprofundamento teórico.