Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Martins, Natália Sarellas |
Orientador(a): |
Griebeler, Marcelo de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213676
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Resumo: |
Desde o início dos anos 80, diversos países adotaram a guerra às drogas como principal política de combate ao tráfico de drogas. Esta abordagem inclui um conjunto de políticas anti-drogas com o objetivo de desencorajar o mercado dessas substâncias, porém este método tem se mostrado pouco efetivo, havendo vários exemplos de bem sucedidos impérios de drogas em operação. No caso do Brasil, o comércio ilegal de drogas permitiu a criação de um verdadeiro Estado paralelo em algumas cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, atuando dentro do limite de favelas, onde poderosas facções de drogas suprem a necessidade de bens públicos no lugar do Estado. De tal forma, a ação mais observável do governo nessas localidades ocorre através dos confrontos com as facções, podendo gerar efeitos perversos na comunidade (por exemplo, por meio de balas perdidas). Construímos um modelo de guerra às drogas doméstica para este contexto, considerando um jogo dinâmico de informação perfeita da interação entre um governo, uma facção de drogas e cidadãos residentes de favelas. A sequência do jogo é a seguinte. Primeiro, o governo escolhe o nível de repressão (a certo custo) a utilizar contra a facção, podendo causar externalidades negativas na comunidade ao redor. Ao observar essa externalidade, os indivíduos decidem entre aderir à atividade ilegal associada à facção ou ao mercado formal de trabalho. Finalmente, a facção de drogas maximizadora de lucros recruta os indivíduos que optam por participar e decidem o investimento em armas. Nossos resultados apontam para a importância de se considerar o contexto social ao se decidir a política a ser executada no combate às drogas. Mostramos que, se os cidadãos da favela são míopes, têm baixa aversão ao risco ou são muito sensíveis à repressão, a ação do governo pode contribuir para aumentar o número de pessoas recrutadas pela facção. Sob certas condições, em equilíbrio, os lucros da facção podem até crescer à certo nível de repressão governamental. Ainda, a performance da economia do país também pode impactar este resultado, ao contribuir ou não para aumentar as chances dos indivíduos encontrarem empregos formais. |