Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Tagliari, Bárbara |
Orientador(a): |
Wyse, Angela Terezinha de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/49754
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Resumo: |
A depressão é uma condição psiquiátrica relativamente comum, associada com significante morbidade e mortalidade. Embora essa patologia constitua um grande problema de saúde pública devido ao alto impacto psicossocial e socioeconômico a que está relacionada, seus determinantes psicológicos e neurobiológicos ainda não foram completamente elucidados. Considerando que eventos de vida estressantes são fatores de risco para o surgimento da depressão, o estresse crônico variado (ECV) tem sido amplamente utilizado como modelo animal de depressão. No presente trabalho, nós avaliamos o efeito do ECV sobre os seguintes parâmetros bioquímicos em cérebro e/ou sangue de ratos: níveis de citocinas pró-inflamatórias [interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral- (TNF- ), óxido nítrico (NO) e proteína C reativa (PCR)]; atividades das enzimas acetilcolinesterase (AChE) e butirilcolinesterase (BuChe); parâmetros de estresse oxidativo [espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx)] e parâmetros de metabolismo energético [atividade dos complexos II (CII) e IV (CIV) da cadeia de transporte de elétrons e da enzima piruvato quinase]. Os níveis plasmáticos de homocisteína (HCY) e folato também foram determinados. Além disso, avaliamos possíveis alterações comportamentais induzidas pelo estresse. Resultados mostraram que houve uma indução do estresse oxidativo e diminuição na atividade da BuChE. Os níveis de HCY foram maiores nos animais estressados do que nos controles e os níveis de folato não foram alterados. O ECV não alterou os parâmetros do sistema imune avaliados em soro. Observamos um aumento nos níveis de citocinas pró-inflamatórias e da atividade da enzima AChE em hipocampo de ratos estressados. Utilizando o mesmo modelo de ECV, demonstramos que os complexos II e IV da cadeia transportadora de elétrons estão alterados em hipocampo e córtex pré-frontal de ratos, enquanto que a atividade da enzima piruvato quinase não foi alterada. Também demonstramos que a administração de vitaminas antioxidantes durante a indução do modelo experimental foi capaz de prevenir os danos observados na cadeia respiratória. Por fim, observamos que o ECV alterou de formas distintas as fases de aquisição e de retenção da memória e que os antioxidantes foram capazes de prevenir somente o dano induzido na fase de aquisição. O ECV também alterou a memória de trabalho e o prejuízo foi prevenido pelas vitaminas E e C. Com a finalidade de investigar os mecanismos responsáveis pelo prejuízo cognitivo, nós determinamos o imunoconteúdo de BDNF em hipocampos de ratos estressados. Os resultados não demonstraram nenhuma alteração em relação ao grupo controle. Nossos achados em conjunto, podem contribuir para a compreensão das bases neurológicas da depressão e para o desenvolvimento de novas terapias. |