O perfil de força dos Estados Unidos : o estudo de conjunturas críticas e o período entre a Guerra do Vietnã e a Guerra do Iraque

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Friedman, Marcela Fischer
Orientador(a): Ferabolli, Silvia Regina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/196562
Resumo: Esta dissertação estuda a evolução do perfil de força estadunidense, após 1975, em dois eixos centrais: política externa e modernização militar. Parte-se do pressuposto teórico de que a política externa deve ser o grande marco orientador do perfil de força de um país, não o contrário. Este argumento encontrou correspondência empírica na evolução histórica do Exército americano, até 1975, quando as forças dos EUA perderam o conflito no Vietnã. Esta derrota colocaria uma pressão de reforma sobre as instituições político-militares de tal forma, que se deu início à transformação do perfil de força dos EUA em 1973, com a criação do TRADOC, antes mesmo de ser operada uma reformulação dos objetivos de política externa do país. A Doutrina Carter (1980) surgiria apenas para validar as reformas anteriores; o elemento político não seria o norteador das mudanças no perfil de força e, sim, o contrário. Defende-se, portanto, que o caminho tenha sido feito de maneira inversa ao que a teoria propunha; objetiva-se tratar o conflito da Indochina, como uma quebra institucional relevante, que subverteu a lógica de subordinação dos objetivos militares às metas políticas. Pergunta-se se de que maneira tal evento promoveu uma reorientação nas instituições bélicas dos EUA, antes mesmo de uma reformulação no pensamento político do país. A hipótese deste trabalho diz que o Vietnã operou como uma conjuntura crítica na história americana – ou seja, como um evento contingente capaz de flexibilizar padrões institucionais, dando início a uma nova cadeia path dependent - capaz de inverter os eixos de política externa e modernização militar. Esta hipótese implicou na escolha pelo método homônimo. A análise de conjunturas críticas fornece uma visão holística da história militar norte-americana, ao integrar diferentes conflitos em uma linha de linha de tempo única. Por isso, o trabalho será organizado conforme as etapas exigidas pela metodologia, da seguinte maneira: (a) antecedentes históricos; (b) conjuntura crítica do Vietnã; (c) análise do legado; e (d) crise do legado. A hipótese acabou sendo confirmada e, além disso, concluiu-se que o legado da Guerra do Vietnã se tornaria uma "síndrome", deformando e reformando a cultura estratégica dos EUA - principalmente no que remete às Forças Armadas e o modo de pensar intervenções. Seria reduzido o componente humano do Modo Americano de Fazer a Guerra, com consequências negativas no longo prazo.