Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lenz, Cristiane |
Orientador(a): |
Zandwais, Ana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/259191
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Resumo: |
A presente pesquisa investiga de que forma a Filosofia da linguagem nas primeiras décadas do século XX mantém seu foco sobre as relações entre língua, história e subjetividade. Para isso, realizamos a leitura de dois expoentes dos estudos da linguagem no Oeste e no Leste europeu. Os estudos do linguista alemão Karl Vossler são pioneiros no contexto do Oeste europeu na medida em que colocam em destaque a língua em suas relações com a subjetividade e com a história cultural de uma comunidade, o que envolve pensar em um conceito específico de gramática e de língua em relação à questão nacional. Realizamos a leitura da obra de Vossler (1951; 1963; 2015) com vistas às suas reflexões sobre a língua em relação com a história cultural e com a ideia de comunidade linguística, o que nos leva a compreender de que modo Vossler concebe a subjetividade na língua. Além disso, as considerações de Vossler sobre a gramática permitem delinear o conceito de língua em seu pensamento. O linguista russo Valentin Volochinov desenvolve, em sua obra Marxismo e Filosofia da Linguagem (2018), um conceito material de língua que se sustenta sobre a perspectiva do signo ideológico. O autor constrói uma teoria que problematiza os estudos da linguagem sob uma perspectiva materialista, conferindo à língua um estatuto ideológico, e a colocando em relação com o que é de ordem social e histórica. Ao construir a sua tese, Volochinov faz uma crítica a duas tendências do pensamento filosófico-linguístico. Entre elas, o autor denomina o subjetivismo individualista como a primeira tendência, que teria Vossler como um dos seus maiores representantes. Diante disso, é preciso considerar as condições históricas de produção das obras acima relacionadas. Por isso, em um capítulo de abertura, exploramos teoricamente o conceito de condições de produção sob a ótica de Michel Pêcheux (2009), (2010) e de Jean Jacques Courtine (2009). Na abertura dos capítulos dois e três, há uma seção que investiga as condições de produção das obras de Vossler e de Volochinov, respectivamente. A partir dessas seções, os capítulos desenvolvem os principais aspectos que norteiam o pensamento filosófico-linguístico de cada autor. Assim, propomos como pilares as obras de Vossler e de Volochinov para investigar de que forma as relações de constituição entre língua e história permeiam as obras desses autores, considerando as especificidades do pensamento de cada um deles. Com base na pesquisa conduzida, sustentamos que as obras de Volochinov e de Vossler, apesar das divergências, representam uma ampla parte do pensamento filosófico-linguístico do Leste e do Oeste europeu. Além disso, as nossas leituras sugerem a necessidade de que a Linguística mantenha sempre sua perspectiva em bases filosóficas e materialistas, na medida em que estas possibilitam uma investigação da língua sob o ponto de vista de suas relações com a história. |