Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Mattos, Eduardo Preusser de |
Orientador(a): |
Faccini, Lavinia Schuler |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/196749
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Resumo: |
O presente trabalho aborda como questão central o estudo do conjunto de doenças genéticas conhecido como displasias esqueléticas. Apesar de individualmente raras, coletivamente as displasias esqueléticas representam uma importante causa de mortalidade perinatal. A maioria das anormalidades nesse grupo é de origem monogênica, podendo ser herdada de forma dominante, recessiva ou ligada ao X. Atualmente, são reconhecidas mais de 450 displasias esqueléticas distintas, com quase metade apresentando manifestações antes do nascimento. Esse é o caso da displasia campomélica, uma doença autossômica dominante grave e geralmente letal do sistema esquelético que ocorre devido a mutações no gene SOX9, um importante regulador do desenvolvimento embrionário. Para esse grupo de displasias de identificação pré-natal, o diagnóstico precoce e acurado é fundamental para o correto manejo da gravidez e planejamento clínico pós-natal, além de ser imprescindível para o aconselhamento genético. O presente estudo relata a caracterização clínica e molecular de uma coorte brasileira de doze pacientes com displasia campomélica. Além de apresentar dados clínicos sobre os pacientes estudados, esse trabalho identificou sete novas mutações no gene SOX9, nunca antes descritas, associadas à displasia campomélica. São apresentados ainda dados referentes à caracterização clínica dos casos de displasia esquelética com detecção pré-natal identificados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre em um período de 20 anos. Foram identificados 33 casos, com frequências de condições específicas de acordo com a literatura médica. Entretanto, não foram detectadas melhorias no diagnóstico pré-natal das displasias esqueléticas em anos mais recentes, como observado em diversas coortes de outros países. Somam-se a esse trabalho dois relatos de casos de pacientes incluídos no estudo que abordam a utilização do diagnóstico genético pré-implantacional e da tomografia computadorizada com reconstrução tridimensional em casos de displasia esquelética. Por fim, esse estudo é concluído com a apresentação de uma proposta para o melhoramento do diagnóstico de displasias esqueléticas no Brasil. Fundamentado por uma vasta literatura especializada, esse manuscrito final apresenta algoritmos diagnósticos simples que podem ser incorporados na prática clínica de instituições e serviços de medicina fetal visando à identificação prénatal mais precisa de condições do espectro das displasias esqueléticas. Em conclusão, espera-se que o presente trabalho possa contribuir para um maior entendimento a respeito do imenso e heterogêneo grupo das displasias esqueléticas. Estudos futuros serão decisivos no estabelecimento de melhores práticas clínicas e laboratoriais no que diz respeito a pacientes diagnosticados com displasias esqueléticas e seus familiares. |