Natureza humana e política : uma genealogia antropológica do poder político moderno segundo Pierre Manent

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gubert, Iara
Orientador(a): Barzotto, Luis Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/288516
Resumo: A presente pesquisa parte da premissa de que toda teoria política contém pressupostos antropológicos, ou seja, toda teoria política parte de uma visão do ser humano e da natureza humana, seja essa visão explícita ou não. Dessa forma, a presente investigação tem como objetivo dissertar, à luz dos comentários de Pierre Manent, sobre como os pressupostos antropológicos das teorias políticas de Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau resultaram em determinadas características do poder político moderno. A hipótese é que tais características são, respectivamente, a neutralidade, a soberania e a infalibilidade. Como metodologia, realizou-se uma genealogia antropológica do pensamento político de referidos autores, considerando as críticas de Pierre Manent. Os resultados obtidos foram as características centrais das visões antropológicas dos autores criticados: periculosidade, autoconservação e autonomia. Conclui-se, portanto, que Maquiavel, partindo do pressuposto antropológico da periculosidade, fundou as bases para um poder político neutro; Hobbes, partindo da autoconservação como principal característica humana, concebeu um poder político soberano; e Rousseau, ao partir da visão de que o ser humano é um ser dotado de autonomia, instituiu um poder político infalível. Por fim, depreendeu-se que, para a concepção de uma teoria política que seja adequada à prática e atenda suficientemente os fenômenos da realidade, os pressupostos antropológicos desta teoria devem ser sólidos e completos.