Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Kokoye, Agossou Djosse Ignace |
Orientador(a): |
Machado, Joao Armando Dessimon |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/187570
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Resumo: |
Benim é um país localizado a oeste do continente africano. A cultura do milho se caracteriza como uma das principais fontes de consumo. Isso faz que essa cultura ocupe maior parte das terras cultiváveis no país. Desse modo, se torna importante uma melhor conservação e um bom armazenamento desse tipo de cultura, principalmente no período de boas colheitas. A maior perda de milho se encontra a esse nível de armazenamento por falta de estruturas ou práticas de conservação adequadas. As práticas de armazenamento empregadas nesse país e, principalmente na região sul não são tão eficazes para um armazenamento eficiente. Portanto, nessa perspectiva, o governo de Benim sugeriu a adoção de práticas de armazenamento ditas melhoradas, substituindo o celeiro tradicional em madeira e o celeiro tradicional em argila por, respectivamente, celeiro em madeira melhorado e celeiro em argila melhorado. Anos depois da adoção dessas práticas de armazenamento melhoradas, foi visto que os agricultores deixaram de usa-las e passaram a usar novamente as antigas, ou seja, as práticas tradicionais de origem. Visto isso, o objetivo desse trabalho foi determinar o porquê do abandono das práticas de armazenamento propostas pelo governo depois de sua aplicação (houve abandono das práticas de armazenamento melhoradas a favor das práticas tradicionais já existentes). Para atingir esse objetivo, foi feito uma coleta de dados no sul de Benim no município de Dangbo precisamente no vilarejo Azowlissé, onde se registra uma maior ocorrência de perda de milho. Essa perda se deve às práticas de armazenamento não adequadas e por ser uma região propensa à baixa umidade do ar, um fenômeno que favorece a geração de insetos e apodrecimento do grão. Foram entrevistados 50 produtores pelo método de bola de neve, explorando-se saber quais são as práticas atualmente usadas pelos entrevistados, se já haviam utilizado outra prática alguma vez e, em caso positivo, por qual razão mudaram. Depois, os dados foram tabulados com o auxílio do software Excel e analisados com ajuda do programa estatístico SPSS versão 20, 02. Os resultados mostraram que atualmente 70%, 16 %, 10% e 4% dos entrevistados estão usando respectivamente o recipiente selado, telhado, celeiro tradicional em madeira e celeiro em madeira melhora como prática de armazenamento. Também, constatou-se que 76% deles já tinha usado outra prática (o celeiro tradicional em madeira) e mudaram principalmente porque a “Qualidade do material limita a rentabilidade da prática” e “Baixa eficiência em conservação”. Essas limitações do celeiro tradicional levavam ao ataque de insetos, de ratos e ao apodrecimento de grão. Além disso, os que estão utilizando a prática de recipiente selado afirmaram que não estão tendo mais nenhuma perda do milho, pois essa é uma prática muito eficaz, ao contrário dos que estão utilizando celeiro melhorado em madeira, que ainda continuam registrando perdas. Constatou-se que os agentes governamentais não fizeram uma pesquisa para saber a opinião dos agricultores sobre a adoção das práticas melhoradas. Portanto, não foram levados em consideração o conhecimento e a vontade dos agricultores locais. Julga-se que tal fato prejudicou a adoção das práticas preconizadas. Evidentemente, este detalhe merece estudo específico, mas nas entrevistas realizadas ficou evidente que os produtores preferem ser ouvidos e ajudarem na busca de soluções de seus problemas a simplesmente adotarem novas práticas. |