Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1986 |
Autor(a) principal: |
Castilhos, Zuleica Carmen |
Orientador(a): |
Wannmacher, Clovis Milton Duval |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/271056
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Resumo: |
Os modelos de hiperfenilalaninemia aguda permitem estudar as alterações imediatas provocadas por elevados níveis de fenilalanina no soro e cérebro de animais. Hiperfenilalaninemia aguda foi induzida com injeções intraperitoneais de fenilalanina em ratos de 29 - 31 dias. 60 minutos após a administração ocorrem as maiores alterações nos níveis de fenilalanina, tirosina e triptofânio. Os animais hiperfenilalaninêmicos foram treinados e testados em esquiva ativa de 2 vias, esquiva inibitória e campo aberto, 60 minutos após a administração de fenilalanina ou salina, sendo que um intervalo de 24 horas separou treino e teste. Em esquiva ativa de 2 vias com choque elétrico de 0,8 mA, tanto o grupo controle quanto o grupo hiperfenilalaninêmico evidenciaram diferenças significativas entre treino e teste. Entretanto, o aumento da atividade motora no teste, da mesma ordem que a resposta associativa, não permite afirmar que houve aprendizado da tarefa e, portanto, a esquiva ativa de 2 vias não se mostrou um teste adequado para o estudo de hiperfenilalaninemia em ratos adultos jovens. Na esquiva inibitória foram utilizadas duas intensidades de choque elétrico, 0,2 mA e 0,3 mA, e os resultados sugerem que elevadas concentrações de fenilalanina no cérebro não afetam os processos da memória. Os resultados em campo aberto indicam que hiperfenilalaninemia não interfere com a atividade motora nem com o comportamento exploratório dos animais, não afeta a evocação, mas altera a aquisição e/ou consolidação da memória nesta tarefa. Portanto, o campo aberto mostrou-se adequado para o estudo de hiperfenilalaninemia em ratos jovens de 29 - 31 dias de idade. Contudo, sobrecarga de fenilalanina induz também elevação nos níveis cerebrais de tirosina. Como os pacientes fenilcetonúricos apresentam níveis normais ou diminuídos de tirosina, ratos de 29 - 31 dias foram injetados com fenilalanina e α-metil fenilalanina (inibidor da fenilalanina hidroxilase hepática). 60 minutos após a administração de salina ou de fenilalanina os ratos foram submetidos aos testes do campo aberto, o qual se mostrou o mais adequado. Os resultados em campo aberto indicam que hiperfenilalaninemia não interfere com a atividade motora nem com o comportamento exploratório dos animais, não afeta a evocação, mas afeta a aquisição e/ou consolidação da memória nesta tarefa. Como os animais injetados somente com fenilalanina apresentam o mesmo desempenho nesta tarefa que os animais injetados com fenilalanina e o inibidor, os resultados sugerem que a hiperfenilalaninemia, e não as alterações nos níveis de tirosina, afetam o desempenho dos animais. Também a administração de propranolol (β-bloqueador) não modificou os efeitos da hiperfenilalaninemia, sugerindo que as alterações na aquisição e/ou consolidação independem da atividade das catecolaminas. |