Efeitos da terapia nutricional especializada na redução da mortalidade em idosos críticos e da nutrição parenteral na supressão da fome em adultos hospitalizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Loss, Sergio Henrique
Orientador(a): Viana, Luciana Verçoza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/273231
Resumo: Desnutrição hospitalar sabidamente se associa a piores desfechos. O reconhecimento de déficits nutricionais, sua mitigação e tratamento, especialmente a pacientes frágeis, coloca o suporte nutricional como um componente essencial nas estratégias terapêuticas a doentes hospitalizados. O paciente idoso frequentemente é excluído de estudos que versam sobre os efeitos da terapia nutricional em desfechos, especialmente no contexto da terapia intensiva. Sabidamente esta fatia de pacientes cursa com evidente fragilidade e maior mortalidade. A primeira parte deste projeto de doutorado visou específica e objetivamente avaliar o impacto da terapia nutricional em idosos. Foram avaliados 533 pacientes idosos com idade igual ou superior a 65 anos críticos e constatado que a pausa nutricional dentro da primeira semana se associa independentemente a maior mortalidade. Este resultado é de extrema importância pois torna explícito o impacto do balanço energético e proteico negativos dentro da primeira semana de terapia intensiva na mortalidade e a necessidade de permanente atenção por parte da equipe assistencial em relação a este parâmetro. Pacientes hospitalizados que são submetidos a terapia nutricional parenteral costumam ser mais graves e exigir tratamentos de maior complexidade. Uma vez estabilizados a transição da nutrição parenteral à nutrição oral é a regra. Entretanto, uma parcela destes pacientes apresenta inapetência tornando esta transição mais difícil. Muitas vezes a equipe assistencial cogita de que a nutrição parenteral seja a causa da inapetência e procede com a suspenção da terapia nutricional para estimular o consumo de alimentos por via oral. Esta transição foi estudada na segunda parte deste projeto de doutorado e demonstrou que nutrição parenteral não suprime a fome. Os pacientes que costumam cursar com inapetência são os mais idosos, inflamados ou mais doentes (sobremaneira por câncer metastático). Assim, as duas partes deste doutorado trazem a importância da construção de um planejamento nutricional que atenda as características de específicas populações visando otimizar o tratamento nutricional.