Não sei se consigo separar quem sou do que faço : um estudo sobre trabalho artesanal não assalariado no capitalismo e saúde de artesãs da região metropolitana de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Anabor, Shirlene
Orientador(a): Wünsch, Dolores Sanches
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/220876
Resumo: Esta dissertação analisa a relação entre trabalho artesanal não assalariado no capitalismo e a saúde da trabalhadora artesã. O objetivo da pesquisa é investigar as percepções de artesãs não assalariadas sobre o cotidiano de trabalho, a fim de identificar de que modo ele incide na saúde dessas trabalhadoras. A pesquisa estrutura-se em quatro categorias de análise: trabalho artesanal, trabalho não assalariado, saúde da trabalhadora e cotidiano, examinadas a partir dos conceitos de totalidade, historicidade e contradição, do método materialista dialético. Trata-se de uma investigação de abordagem qualitativa, com caráter exploratório e não probabilístico, na qual foram acompanhadas cinco artesãs não assalariadas da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS, que trabalham com diferentes técnicas artesanais. Utilizou-se a fotografia como registro de dado visual e instrumento disparador para as entrevistas com roteiro semi-estruturado, sendo que a análise dos dados foi realizada por conteúdo. Procedimentalmente, a dissertação divide-se em duas partes: 1) revisão bibliográfica e histórico-legal sobre o trabalho artesanal brasileiro e 2) pesquisa de campo: registro fotográfico documental, entrevistas de roteiro semiestruturado e diário de campo. Os resultados evidenciam a dupla jornada das artesãs, o trabalho como determinante do tempo de vida, bem como, a inexistência de fronteiras entre artesania, família e demais atividades. Além disso, identificou-se que o cotidiano de trabalho artesanal e reprodutivo gera desgaste físico e mental para as trabalhadoras. Em contrapartida, as contradições observadas pelo revelam que as artesãs percebem o sentido do trabalho como um fator fundamental para a manutenção da sua saúde.